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Informações da Prova Questões por Disciplina EBC - Empresa Brasil de Comunicação - Analista de Empresa de Comunicação Pública - Advocacia - CESPE - UnB - 2011 - Prova Objetiva

Interpretação de Textos

Em que consiste o direito

1                Kant inicia a exposição da ética, que ele chama
      metafísica dos costumes, pela afirmação de que “toda 
      legislação” compreende duas partes: em primeiro lugar, “uma 
4    lei que representa como objetivamente necessária a ação que 
      deve ser cumprida, isto é, que faz da ação um dever; e, 
      secundariamente, um motivo que liga subjetivamente à 
7    representação da lei o princípio de determinação do 
      livre-arbítrio a essa ação” e acrescenta: “A segunda parte 
      equivale a dizer que a lei faz do dever um motivo”.
10              Pois bem, a legislação que faz de uma ação um dever 
      e, ao mesmo tempo, desse dever um motivo, é uma legislação 
      ética. O sujeito cumpre a lei por dever de consciência. 
13   Diversamente, aquela que não liga o motivo à lei e, por 
      conseguinte, admite um outro motivo que não a lei do dever é 
      jurídica. “No concernente a esta última legislação”, observa 
16   Kant, “vê-se facilmente que os motivos diferentes da ideia do 
      dever hão de ser deduzidos de princípios patológicos de 
      determinação do livre-arbítrio, as inclinações e aversões, mais 
19        destas do que daquelas, pois essa legislação deve ser coativa e 
      não atrativa.” Assim, os deveres decorrentes da legislação 
      jurídica são necessariamente exteriores, pois essa legislação, 
22        para Kant, “não exige que a ideia do dever, que é interior, seja 
      por si mesma um princípio de determinação do livre-arbítrio do 
      sujeito ativo e, como ela necessita de motivos apropriados às 
25   leis, ela só pode ligar a estas motivos exteriores”.
                 Daí a razão por que, segundo o filósofo, “a doutrina 
      do direito e a doutrina da virtude distinguem-se menos pela 
28   diferença entre os deveres do que pela diferença de sua 
      legislação, que vincula um ou outro motivo à lei”. E 
      exemplifica: “Cumprir uma promessa contratual é um dever 
31   exterior; mas o mandamento de agir unicamente porque se trata 
      de um dever, sem levar em conta outro motivo, diz respeito 
      apenas à legislação interior”.

Fábio Konder Comparato. Em que consiste o direito. In: Ética: direito, moral e religião no mundo moderno. São Paulo: Cia. das Letras, 2006, p. 298-9 (com adaptações).

1 -

Segundo Kant, os indivíduos cumprem, por exemplo, uma promessa contratual por um dever exterior, movidos, sobretudo, por um dever de consciência.

Certa.
Errada.
2 -

O vocábulo que, em ‘que deve ser cumprida’ (L.4-5) e ‘que faz da ação um dever’ (L.5) tem o mesmo referente no período.

Certa.
Errada.
3 -

No texto, a expressão ‘toda legislação’ (L.2-3) está empregada no sentido de a integralidade da legislação jurídica de uma nação.

Certa.
Errada.
Regência Nominal e Verbal
4 -

Em “que ele chama metafísica dos costumes” (L.1-2), o trecho em itálico, que exerce, na oração, a função de complemento verbal, deveria estar precedido da preposição de.

Certa.
Errada.
Ortografia e Semântica
5 -

Na linha 26, “por que” poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque, em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em “mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever” (L.31-32).

Certa.
Errada.
Compreensão e Interpretação de Textos

A cultura da barbárie

1               Na vida e na história real, toda cultura é plural, é um
      complexo de práticas, crenças e valores em contínua
      transformação, sempre a criar e destruir elementos, a adotar
4    novos itens de estranhos ou transmitir-lhes os seus próprios e
      em permanente conflito interno. Cada identidade pessoal
      forma-se, inevitavelmente, tendo como referência um complexo
7     cultural recebido, mas de maneira igualmente inevitável
      conflita com ele em busca de desenvolvimento e mudança,
      recorrendo à própria criatividade ou inovações “de fora”.
10   “Identidade” não é tanto o que se tem de igual (a outros
      indivíduos formados por influências culturais semelhantes)
      quanto o que se tem de diferente. Não se deve defender a
13   pureza e a eternidade de uma cultura, dominante ou oprimida,
      mas a igualdade e o respeito entre portadores de diferentes
      tradições e criadores de novas ideias e sínteses.

Antonio Luiz M. C. Costa. A cultura da barbárie. In: CartaCapital, 10/ago./2011, p. 50-1 (com adaptações).

6 -

Nas linhas 9 e 10, as aspas indicam que as expressões incorporadas ao texto refletem o senso comum e caracterizam linguagem oral.

Certa.
Errada.
Interpretação de Textos
7 -

A ideia de alteridade permeia o parágrafo, o que se confirma por meio da relação entre tradição e criação, bem como entre semelhança e diferença.

Certa.
Errada.
8 -

Segundo o autor, a identidade pessoal é formada, inexoravelmente, a partir de uma contradição: conservação versus mudança dos valores de uma cultura.

Certa.
Errada.
Acentuação Gráfica

O monstro

1                 Os seguidores de Ned Ludd, chamados luditas, 
      trabalhadores da indústria têxtil inglesa, se revoltaram 
      contra a invenção de teares automatizados, que ameaçavam seus
4    empregos, no começo do século XIX, e pregaram a destruição
      de todas as máquinas que substituíssem o trabalho humano. 
      A história social e econômica dos Estados Unidos da América
7    se divide em antes e depois da massificação, pela Ford, da 
      produção dos seus carros — que empestavam o ambiente, além 
      de assustar os cavalos, e, por isso, foram duramente
10   combatidos. Reações a novidades tecnológicas se repetem ao longo
      da história, movidas pelo medo à obsolescência, como no caso 
13   dos luditas, incompreensão ou apego ao passado. O capítulo 
      mais recente e mais curioso dessa briga é a decisão do governo 
      inglês de restringir o uso, no país, das redes sociais, que todo 
16   o mundo achava maravilhosas até revelarem um potencial 
      subversivo que ninguém previra. Enquanto twitter e facebook 
      animaram as revoltas contra os déspotas e por aberturas 
19   democráticas nas ruas árabes, tudo bem. Eram as redes sociais, 
      o produto mais moderno da engenhosidade humana, usadas 
      para modernizar sociedades atrasadas. Mas descobriram que os 
22   quebra-quebras e queima-queimas nas ruas inglesas estavam 
      sendo, em grande parte, também tramados na Internet. Epa — 
      ou o equivalente em inglês — disseram os ingleses. Aqui não. 
25               Conservadores e trabalhistas se uniram para condenar 
      a violência e o vandalismo e negar qualquer outra motivação, 
      além de banditismo nato, para a rebelião. E todos, 
28   presumivelmente, concordaram com as medidas do governo 
      para evitar novos distúrbios, incluindo o controle das redes 
      sociais. Resta saber se o controle ainda é possível. O monstro 
31   talvez não seja mais domável. Já acabou com qualquer 
      pretensão a se manterem segredos oficiais secretos, já invadiu 
      a privacidade de meio mundo e já sentiu o gosto do sucesso 
34   como instigador de revoltas — sem falar que ninguém mais
      consegue viver sem ele. 
                  Agora pode não haver mais o que fazer. Se tivessem
37   parado na invenção do trem...

Luís Fernando Veríssimo. Internet: <www.estadao.com.br noticias> (com adaptações).

9 -

Levando-se em consideração o que está previsto na ortografia oficial vigente, é correto afirmar que: o vocábulo “têxtil” (L.2), que segue o padrão de flexão do vocábulo pênsil, é acentuado também na forma plural; “obsolescência” (L.12) é vocábulo que segue o padrão do vocábulo ciência, no que se refere ao emprego de sinal de acentuação; a acentuação gráfica do vocábulo “déspotas” (L.18) também é empregada quando o vocábulo é grafado na forma singular.

Certa.
Errada.
Compreensão e Interpretação de Textos
10 -

Seriam mantidas a correção gramatical e a interpretação semântica do texto, caso a estrutura “todas as máquinas que substituíssem o trabalho humano” (L.5) fosse reescrita como todas as invenções que, porventura, trocassem o elemento humano.

Certa.
Errada.

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