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Informações da Prova TRE - Bahia - Analista Judiciário - Administrativa - CESPE - UnB - 2010 - Prova Objetiva

Língua Portuguesa
1 -

Do texto pode-se depreender que, apesar de quase metade da população recenseada, por volta da década de 70 do século XIX, ser descendente de africanos, a convivência interétnica não restou registrada além das relações de poder.

Certa.
Errada.
2 -

Para exemplificar o pouco numeroso registro de convivência interétnica fora da clássica relação entre senhor e escravo em meados do século XIX, a autora do texto lança mão de um processo-crime ocorrido na época, relatando-o, resumidamente, em três parágrafos.

Certa.
Errada.
3 -

No processo-crime de que trata o texto, as testemunhas, pelo fato de Antônio ter sido desqualificado durante o jantar para o qual foi convidado, deram-lhe razão no que diz respeito à raiva que ele sentia por Feliciano Lisboa e sua amásia Isabel, ambos assassinados por ele.

Certa.
Errada.
4 -

Do texto, pode-se inferir que as testemunhas não estranharam o fato de que a anfitriã tivesse chamado Antônio Ramos de “negro”.

Certa.
Errada.
5 -

Na convivência diária no decorrer do século XIX, a linguagem coloquial admitia variantes da palavra “negro” para designar os diversos tipos de cativos que viviam no Brasil, conforme atestam documentos como o processo-crime citado no texto.

Certa.
Errada.

Laços de Família e Direitos no Final da Escravidão

1      A pluralidade étnica dos brasileiros impressionava

        vivamente os estrangeiros que, desde 1808, se avolumavam

        como viajantes, naturalistas ou comerciantes no país. Apesar

4      disso, para além do espanto dos viajantes, são raros os registros

        dessa convivência interétnica do século passado fora da

        clássica relação senhor-escravo.

7      Em um processo-crime de 1850, ocorrido no

        município fluminense de Rio Claro, encontramos um raro

        flagrante de tal convivência e das tensões do dia a dia dos

10    brasileiros oitocentistas.

        Antônio Ramos foi processado pelo assassinato do

        negociante Feliciano Lisboa e de sua “caseira” (amásia), Isabel

13    Leme. Todas as testemunhas que depuseram contra ele no

        processo acreditavam que o motivo do crime fora uma

        vingança pelo fato de Isabel tê-lo chamado de negro após um

16    jantar na casa das vítimas.

        O que verdadeiramente interessa no caso é que, no

        processo, a indignação de Ramos, apesar de ele ter sido

19    considerado um homem violento, pareceu compreensível aos

        depoentes. Ainda que ele não tivesse justificado seu ato

        extremo, nenhuma das testemunhas negou-lhe razão por ter

22    raiva de Isabel, que, afinal, o recebera em casa. É rara, na

        documentação, referência tão explícita à convivência

        interétnica no nível privado bem como às normas de

25    comportamento e tensões que implicava, consubstanciadas no

        sentido pejorativo que a qualificação negro, dada por Isabel ao

        seu convidado, tinha para os que conviviam com eles, ou seja,

28    não foi o convite de Lisboa e Isabel para que Ramos jantasse

        em sua casa — um homem livre, ao que tudo indica,

        descendente de africanos — que causou estranheza às

31    testemunhas, mas o fato de que, nessa situação, a anfitriã o

        tivesse chamado de negro, desqualificando-o, desse modo,

        como hóspede à mesa do casal.

34    Como regra geral, o que se depreende da leitura desse

        processo bem como da de outros documentos similares é que

        a palavra negro foi utilizada na linguagem coloquial, por quase

37    todo o século XIX, como uma espécie de sinônimo de escravo

        ou ex-escravo, com variantes que definiam os diversos tipos de

        cativos, como o africano — comumente chamado de preto até

40    meados do século — ou o cativo nascido no Brasil —

        conhecido como crioulo —, entre outras variações locais ou

        regionais. Apesar disso, 41% da população livre do Império,

43    recenseada em 1872, era formada por descendentes de

        africanos.

Hebe M. Mattos de Castro. Laços de família e direitos no final da escravidão.

In: História da vida privada no Brasil: Império. Coordenador-geral

Fernando A. Novais; organizador do volume Luiz Felipe de Alencastro. vol. 2.

São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p. 341-3 (com adaptações).

Com referência às ideias do texto, julgue o(s) item(ns):

6 -

Julgue o(s) item(ns) que se segue(m), relativo(s) a(os) aspecto(s) gramatical(is) do texto:

A expressão “Apesar disso” (L.3-4) introduz uma ideia que se opõe à expectativa sugerida no período anterior.

Certa.
Errada.
7 -

Julgue o(s) item(ns) que se segue(m), relativo(s) a(os) aspecto(s) gramatical(is) do texto:

O segmento “apesar de ele ter sido considerado um homem violento” (L.18-19) pode ser corretamente substituído pelo seguinte: apesar dele haver sido considerado um homem violento.

Certa.
Errada.
8 -

Julgue o(s) item(ns) que se segue(m), relativo(s) a(os) aspecto(s) gramatical(is) do texto:

Nas palavras “referência” e “espécie”, o emprego do acento atende à mesma regra de acentuação gráfica.

Certa.
Errada.
9 -

Julgue o(s) item(ns) que se segue(m), relativo(s) a(os) aspecto(s) gramatical(is) do texto:

No trecho “bem como às normas de comportamento e tensões” (L.24-25), o emprego do acento indicativo de crase justifica-se pela regência da forma verbal “implicava” (L.25) e pela presença do artigo definido.

Certa.
Errada.
10 -

Julgue o(s) item(ns) que se segue(m), relativo(s) a(os) aspecto(s) gramatical(is) do texto:

Em “consubstanciadas no sentido pejorativo” (R.25-26), a palavra “pejorativo” pode ser substituída por favorável, sem prejuízo para o sentido do trecho em questão.

Certa.
Errada.

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