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Informações da Prova Questões por Disciplina Prefeitura Municipal - Santa Maria Madalena - RJ - Enfermeiro - CONSULPLAN - 2010 - Prova Objetiva

Significação das Palavras

A Educação Possível

TEXTO I

A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas é mais nociva do que uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos.

Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações sobre o mundo (com criança também se conversa!), noções de postura e compostura, respeito, limites. Continua na vida pública, nem sempre um espetáculo muito edificante, na qual vemos políticos concedendo-se um bom aumento em cima dos seus já polpudos ganhos, enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes, e artistas fazendo propaganda de bebida num momento em que médicos, pais e responsáveis lutam com a dependência química de milhares de jovens. Quem é público, mesmo que não queira, é modelo: artistas, líderes, autoridades. Não precisa ser hipócrita nem bancar o santarrão, mas precisa ter consciência de que seus atos repercutem, e muito. Mas vamos à educação nas escolas: o que é educar? Como deveria ser uma boa escola? Como se forma e se mantém um professor eficiente, como se preparam crianças e adolescentes para este mundo competitivo onde todos têm direito de construir sua vida e desenvolver sua personalidade? É bem mais simples do que todas as teorias confusas e projetos inúteis que se nos apresentam. Não sou contra colocarem um computador em cada sala de aula neste reino das utopias, desde que, muito mais e acima disso, saibamos ensinar aos alunos o mais elementar, que independe de computadores: nasce dos professores, seus métodos, sua autoridade, seu entusiasmo e seus objetivos claros. A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas prejudica mais do que uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos. Estudar não é brincar, é trabalho. Para brincar temos o pátio e o bar da escola, a casa. Sair do primeiro grau tendo alguma consciência de si, dos outros, da comunidade onde se vive, conseguindo contar, ler, escrever e falar bem (não dá para esquecer isso, gente!) e com naturalidade, para se informar e expor seu pensamento, é um objetivo fantástico. As outras matérias, incluindo as artísticas, só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar, escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade. No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de conhecimentos deve aumentar. Mas não adianta saber história ou geografia americana, africana ou chinesa sem conhecer bem a nossa, nem falar vários idiomas se nem sequer dominamos o nosso. Quer dizer, não conseguimos nem nos colocar como indivíduos em nosso grupo nem saber o que acontece, nem argumentar, aceitar ou recusar em nosso próprio benefício, realizando todas as coisas que constituem o termo tão em voga e tão mal aplicado: “cidadania”. O chamado terceiro grau, a universidade, incluindo conhecimentos especializados, tem seu fundamento eficaz nos dois primeiros. Ou tudo acabará no que vemos: universitários que não sabem ler e compreender um texto simples, muito menos escrever de forma coerente. Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo, frustrados. Sou de uma família de professores universitários. Fui por dez anos titular de linguística em uma faculdade particular. Meu desgosto pela profissão – que depois abandonei, embora gostasse do contato com os alunos – deveu-se em parte à minha dificuldade de me enquadrar (ah, as chatíssimas e inócuas reuniões de departamento, o caderno de chamada, o currículo, as notas...) e em parte ao desalento. Já nos anos 70 recebíamos na universidade jovens que mal conseguiam articular frases coerentes, muito menos escrevê-las. Jovens que não sabiam raciocinar nem argumentar, portanto incapazes de assimilar e discutir teorias. Não tinham cultura nem base alguma, e ainda assim faziam a faculdade, alguns com sacrifício, deixando-me culpada quando os tinha de reprovar. Em tudo isso, estamos melancolicamente atrasados. Dizem que nossa economia floresce, mas a cultura, senhores, que inclui a educação (ou vice-versa, como queiram...), anda mirrada e murcha. Mais uma vez, corrigir isso pode ser muito simples. Basta vontade real. Infelizmente, isso depende dos políticos, depende dos governos. Depende de cada um de nós, que os escolhemos e sustentamos.

(Lya Luft. Veja. 23 de maio de 2007. Adaptado)

1 -

O sentido da palavra destacada está devidamente traduzido em:

a)

“''hipócrita”'' (1º§) -– bobo

b)

''“benevolente''” (3º§) -– benéfica

c)

''“inócuas''” (7º§) -– frequentes

d)

''“desalento''” (7º§) -– desânimo

e)

''“em voga''” (5º§) -– pouco usado

Interpretação de Textos
2 -

Explícita ou implicitamente, as ideias a seguir estão presentes no texto, EXCETO:

a)

O aprendizado do nosso idioma deve preceder o aprendizado de outras línguas.

b)

Péssimas condições na rede física das escolas causam menos mal do que uma educação permissiva, que não impõe limites.

c)

O sucesso da educação depende sobretudo dos políticos.

d)

A introdução de computadores nas escolas não é fator decisivo para o sucesso na educação.

e)

O despreparo dos jovens que recebia na faculdade contribuiu para que a autora abandonasse a profissão de professora universitária.

Reescritura de texto
3 -

NÃO seria mantido o sentido original do texto se substituíssemos ''Meu desgosto pela profissão - que depois abandonei, embora gostasse do contato com os alunos - deveu-se em parte à minha dificuldade de me enquadrar...'' (7º§) por:

a)

Meu desgosto pela profissão – a qual depois abandonei, embora gostasse do contato com os alunos – provocou em parte a minha dificuldade de me enquadrar.

b)

Meu desgosto pela profissão – que depois abandonei, apesar de gostar do contato com os alunos – foi, em parte, resultado da minha dificuldade de me adaptar.

c)

Meu desgosto pela profissão – que depois abandonei, mesmo gostando do contato com os alunos – deveu-se parcialmente à minha dificuldade de me enquadrar.

d)

Meu desgosto pela profissão – que posteriormente abandonei, embora gostasse do contato com os alunos – deveu- se parcialmente à minha dificuldade de me enquadrar.

e)

Meu desgosto pela profissão – que abandonei posteriormente, embora gostasse do contato com os alunos – foi, em parte, resultado da minha dificuldade de me enquadrar.

Interpretação de Textos
4 -

"Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo, frustrados." (6º§)

De acordo com os termos destacados anteriormente, assinale a alternativa correta:

a)

Somente o primeiro tem valor explicativo.

b)

Os dois têm valor conclusivo.

c)

Os dois possuem valor explicativo.

d)

Somente o segundo tem valor conclusivo.

e)

Somente o segundo tem valor explicativo.

Coesão e Coerência
5 -

Os termos destacados a seguir constituem elementos coesivos por retomarem termos ou ideias anteriormente registrados, EXCETO:

a)

'“'Começa em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações sobre o mundo..."” (1º§)

b)

"“... na qual vemos políticos concedendo-se um bom aumento em cima dos seus já polpudos ganhos,...”" (1º§)

c)

"“... que depois abandonei,...”" (7º§)

d)

"“Dizem que nossa economia floresce,...”" (8º§)

e)

"“Infelizmente, isso depende dos políticos,"...” (8º§)

Sintaxe da Oração e do Período
6 -

A análise dos elementos destacados está INCORRETA em:

a)

"“... onde precisam ser dadas as primeiras informações sobre o mundo...”" (1º§) – objeto direto

b)

''“...de que seus atos repercutem,...''” (1º§) – oração subordinada substantiva completiva nominal

c)

''“Mais uma vez, corrigir isso pode ser muito simples.''” (8º§) – objeto direto

d)

''“Já nos anos 70 recebíamos na universidade jovens...”'' (7º§) – objeto direto

e)

''“... que nossa economia floresce,...”'' (8º§) – oração subordinada substantiva objetiva direta

7 -

No trecho "... que independe de computadores:'' (3º§), a expressão em destaque exerce a mesma função sintática que a expressão sublinhada em:

a)

"“Não sou contra colocarem um computador em cada sala de aula neste reino das utopias,...''” (3º§)

b)

''“A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas...”'' (3º§)

c)

''“Sair do primeiro grau tendo alguma consciência de si...”'' (4º§)

d)

''“Fui por dez anos titular de linguística em uma faculdade particular.”'' (7º§)

e)

''“... e em parte ao desalento.''” (7º§)

Regência Nominal e Verbal
8 -

Em ''...saibamos ensinar aos alunos o mais elementar,...'' (3º§), o verbo destacado é:

a)

Transitivo direto.

b)

Transitivo indireto.

c)

Intransitivo.

d)

De ligação.

e)

Transitivo direto e indireto.

Pontuação
9 -

Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:

( ) Em ''... enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes,...'' (1º§), a expressão destacada indica tempo.

( ) Em ''Dizem que nossa economia floresce,...''(8º§), a autora faz uso da linguagem conotativa.

( ) Em ''só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar, escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.'' (4º§), os termos destacados indicam condição.

( ) A eliminação das vírgulas altera o sentido do trecho: ''No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de conhecimentos deve aumentar.''(5º§)

( ) Em ''... mas a cultura, senhores, que inclui a educação...'' (8º§), o uso da vírgula é facultativo.

A sequência está correta em:

a)

F, V, V, F, F

b)

V, V, V, F, F

c)

V, V, F, V, F

d)

F, F, V, F, F

e)

F, V, F, V, F

Coesão e Coerência
10 -

Analise as afirmativas:

I. Em ''... desde que, muito mais e acima disso, saibamos ensinar aos alunos o mais elementar,...'' (3º§), a expressão destacada indica condição.

II. A coerência, o sentido original do texto e a correção gramatical serão mantidos caso se substitua ''... portanto incapazes de assimilar e discutir teorias.'' (7º§) por ''portanto incapazes de assimilar teorias e discuti-las.''

III. A forma verbal ''queira'' (1º§) foi empregada no presente do indicativo, porque a forma verbal anterior a ela também está no presente.

IV. O trecho ''... como se preparam crianças e adolescentes...'' (2º§) equivale a ''... como crianças e adolescentes são preparados...''

Está(ão) correta(s) apenas a(s) alternativa(s):

a)

I, II, III

b)

I, II, IV

c)

II, III

d)

III, IV

e)

IV

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