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Informações da Prova Questões por Disciplina Sergipe Gás S.A. - Analista de Sistemas - FCC - Fundação Carlos Chagas - 2010 - Prova Objetiva

Interpretação de Textos

O pequeno engenheiro

Ou muito me engano, ou era esse mesmo o nome de um brinquedo do meu tempo de criança. Terá conseguido sobreviver à onda das engenhocas eletrônicas de hoje? Lembrome bem dele: uma caixa de madeira, bonita, com tampa de encaixe corrediça; dentro, um grande número de pecinhas também de madeira, coloridas, de diferentes formas e dimensões. Em algumas delas estavam desenhados um relógio, uma janela, tijolinhos... O conjunto possibilitava (e mesmo inspirava) diversos tipos de edificação: castelos, torres, pontes, edifícios, estações etc.

Não se tratava exatamente de uma prova de habilidade motora: não era grande a dificuldade de erguer um pequeno muro ou de dar sustentação a uma torre. Tratava-se, antes, de usar a imaginação, construir e preencher espaços, compor cenários, como quem arma a ambientação de um palco onde se desenvolverá uma história. Havia, implícita, a par da necessidade de tudo ter que parar em pé, a preocupação estética: insistir no critério da simetria ou permitir variações de padrão? Fantasiar formas ou ater-se à imitação das já bastante conhecidas? Não exagero ao dizer que tudo isso fazia de cada um de nós, para além de um pequeno engenheiro, um pequeno arquiteto, um escultor mirim, um precoce cenógrafo, um artista plástico pesquisando linguagem...

De qualquer modo, esse brinquedo não me levou, na idade adulta, à engenharia, nem ao ramo de construções, nem me fez artista plástico. Ficou na memória, perdido entre outros brinquedos que dispensavam baterias, tomadas elétricas, manuais de instrução e termo de garantia. Sem dúvida havia algum encanto no trenzinho elétrico, que corria obediente pelos trilhos. A meninada ficava olhando, olhando, a princípio interessada, mas logo alguém perguntava: − Vamos brincar? Ser espectador era pouco: o corpo precisava entrar no jogo. Nem que fosse para habitar, imaginariamente, a torre de um castelo colorido, erguido há pouco com as mãos de um pequeno engenheiro que se entretinha facilmente com suas peças de madeira.

(Oduvaldo Monteiro, inédito)

1 -

Expressam-se no texto as vivas lembranças de um brinquedo que:

a)

associado a um campo profissional, despertava a vocação de quem com ele viesse a se ocupar.

b)

por exigências próprias de seu funcionamento, demandava especial destreza dos usuários.

c)

apesar da concorrência dos jogos eletrônicos, acabava sendo o centro da atenção dos meninos.

d)

ao provocar a criatividade infantil, requeria da criança uma perfeita coordenação de movimentos.

e)

não obstante a singeleza do material, fomentava a imaginação e a fantasia dos meninos.

2 -

Atente para as seguintes afirmações:

I. No 1.º parágrafo, o autor se atém menos à descrição do brinquedo que marcou sua infância do que a conjeturas sobre as razões do encantamento.

II. No 2.º parágrafo, o autor destaca os especiais requisitos técnicos impostos pelo brinquedo a quem dele quisesse tirar o melhor proveito.

III. No 3.º parágrafo, o autor deixa ver que o fascínio exercido pelo antigo brinquedo independia de quaisquer mecanismos elétricos ou eletrônicos.

Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em:

a)

I.

b)

II.

c)

III.

d)

I e II.

e)

II e III.

3 -

Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente um segmento em:

a)

à onda das engenhocas eletrônicas (1.º parágrafo) = ao nível dos artefatos da eletrônica.

b)

como quem arma a ambientação (2.º parágrafo) = tipo assim quem eleva um clima.

c)

a par da necessidade (2.º parágrafo) = malgrado a carência.

d)

ater-se à imitação (2.º parágrafo) = restringir-se à reprodução.

e)

precoce cenógrafo (2.º parágrafo) = preclaro especialista na cenografia.

4 -

No terceiro parágrafo, os segmentos que corria obediente pelos trilhos e Ser espectador:

a)

conotam certa passividade, que predominava na relação dos meninos com o trenzinho.

b)

sugerem que os brinquedos mais toscos e mais primitivos estavam com os dias contados.

c)

opõem-se, na ordem dada, como índices de atividade criativa e de passiva resignação.

d)

reiteram o crescente encantamento das crianças pelas novidades que estavam chegando.

e)

acentuam uma reação contrariada dos meninos, a cada vez que estimulados a fantasiar.

Compreensão e Interpretação de Textos
5 -

De qualquer modo, esse brinquedo não me levou, na idade adulta, à engenharia, nem ao ramo de construções, nem me fez artista plástico.

Não haverá prejuízo para a correção e o sentido da frase caso se substituam os elementos sublinhados, respectivamente, por:

a)

mesmo ao ramo - ou me fez.

b)

tampouco ao ramo - como também não me fez.

c)

inclusive o ramo - ou mesmo me fez.

d)

sequer ao ramo - não obstante me fez.

e)

quando não ao ramo - sendo que não me fez.

Concordância Nominal e Verbal
6 -

As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:

a)

Reservavam-se aos meninos daqueles tempos um prazer simples, que lhes ofereciam os brinquedos sem sofisticação.

b)

Armava-se, com aquela caixa de pecinhas coloridas, igrejas, torres, cidades, todo tipo de cenário criado pela imaginação.

c)

Não se tratavam nem de exibir habilidades, nem de demonstrar técnica especial: erguia-se paredes com facilidade.

d)

Os meninos haveriam de ter, implícita, uma preocupação estética, sem que isso redundasse em obsessões artísticas.

e)

Atribuem-se aos brinquedos eletrônicos de hoje um tipo de sedução que os jogos antigos estavam longe de poder oferecer.

Vozes do Verbo
7 -

Transpondo-se para a voz passiva a construção um artista plástico pesquisando linguagem, a forma verbal resultante será:

a)

sendo pesquisada.

b)

estando a pesquisar.

c)

tendo sido pesquisada.

d)

tendo pesquisado.

e)

pesquisava-se.

Interpretação de Textos
8 -

Ser espectador era pouco: o corpo precisava entrar no jogo.

Outra forma correta e coerente de redigir o que se afirma é:

a)

Era pouco ser espectador, conquanto o corpo precisaria entrar no jogo.

b)

O corpo precisasse entrar no jogo, quando o espectador fosse pouco.

c)

Não precisasse o corpo entrar no jogo, seria pouco ser um espectador.

d)

Teria sido pouco ser espectador, já que o corpo precisasse entrar no jogo.

e)

Como o corpo precisasse entrar no jogo, era pouco ser espectador.

Flexão Nominal e Verbal
9 -

Inesquecível aquela caixa colorida. Nós abríamos a caixa, esvaziávamos a caixa, espalhávamos as pecinhas, e depois passávamos a empilhar as pecinhas em formas diversas.

Evitam-se as viciosas repetições da frase substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a)

abríamos a mesma - esvaziávamos a mesma - lhes empilhar.

b)

a abríamos - a esvaziávamos - empilhá-las.

c)

abríamos-lhe - esvaziávamos-lhe - empilhá-las.

d)

a abríamos - esvaziávamo-lhe - as empilhar.

e)

abríamos a ela - esvaziávamo-la - empilhar-lhes.

Pontuação
10 -

A pontuação está inteiramente adequada na seguinte frase:

a)

É possível, que os meninos de hoje, venham a se espantar, ao tomarem conhecimento do tipo de brinquedo que entusiasmava as crianças, digamos, de meados do século passado.

b)

Antigamente, as crianças entusiasmavam-se ao contrário das de hoje, com brinquedos simples, simplórios mesmo que, no entanto, estimulavam a imaginação.

c)

Não há dúvida que os brinquedos de hoje, mormente os eletrônicos, contam, ao contrário dos de antigamente, com atrativos bem sofisticados, que espantariam os meninos de outrora.

d)

Talvez por contarem com mais espaço, para brincar, os meninos de outros tempos, preferiam muitas vezes os folguedos de rua, a ficar entretidos com alguma engenhoca sofisticada.

e)

A variedade das pecinhas com seus diferentes desenhos, não era exagerada, permitindo no entanto, que muitos cenários fossem montados, assim como igrejas, torres, etc.

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