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Informações da Prova Questões por Disciplina Prefeitura Municipal - Lagoa da Prata - MG - Técnico em Enfermagem - FGR - Fundação Guimarães Rosa - 2012 - Prova Objetiva

Compreensão e Interpretação de Textos

A Formiga e a Cigarra

Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o período de inverno. Não aproveitou nada do Sol, da brisa suave do fim da tarde nem do bate-papo com os amigos ao final do expediente de trabalho, tomando uma cervejinha. Seu nome era ―"trabalho" e seu sobrenome, ― "sempre".

Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos bares da cidade; não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o Sol, curtiu para valer, sem se preocupar com o inverno que estava por vir. Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que estava começando. A formiguinha, exausta, entrou em sua singela e aconchegante toca repleta de comida. Mas alguém chamava por seu nome do lado de fora da toca. Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu: sua amiga cigarra, dentro de uma Ferrari, com um aconchegante casaco de visom. E a cigarra falou para a formiguinha:

– Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris. Será que você poderia cuidar da minha toca?

– Claro, sem problema! Mas o que lhe aconteceu? Como você conseguiu grana pra ir a Paris e comprar essa Ferrari?

– Imagine você que eu estava cantando em um bar, na semana passada, e um produtor gostou da minha voz. Fechei um contrato de seis meses para fazer shows em Paris... A propósito, a amiga deseja algo de lá?

– Desejo, sim. Se você encontrar um tal de La Fontaine por lá, manda ele pro DIABO QUE O CARREGUE!

MORAL DA HISTÓRIA: "Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine".

Fábula de La Fontaine reelaborada. (Disponível em: http://www.geocities.com/soho/Atrium/8069/Fabulas/fabula2.html) Texto adaptado.

1 -

Levando em consideração a fábula original, percebe-se diferença no fato de:

a)

A formiga trabalhar demais.

b)

A cigarra aproveitar a vida.

c)

A formiga armazenar comida para o inverno.

d)

A cigarra, sem trabalhar, aparecer com uma Ferrari.

2 -

Segundo o texto, a formiga se surpreendeu porque a cigarra:

a)

Ficou completamente sem comida.

b)

Iria passar o inverno em Paris.

c)

Foi tomar uma cervejinha no final de expediente de trabalho.

d)

Preocupou-se com o inverno que estava por vir.

3 -

Leia:  “

"(...) Não aproveitou nada do Sol, da brisa suave do fim da tarde nem do bate-papo com os amigos ao final do expediente de trabalho (…...)"”.

Marque a alternativa cuja palavra destacada estabeleça a mesma relação da que se encontra sublinhada acima:

a)

"(...) Mas o que lhe aconteceu? (...)"

b)

"(...) Se você encontrar um tal de La Fontaine por lá (...)"

c)

"(...) Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu (...)"

d)

"(...) E a cigarra falou para a formiguinha (...)"

Concordância Nominal e Verbal
4 -

"“(...) Mas alguém chamava por seu nome do lado de fora da toca.(...…)"”.  

Marque a alternativa em que haja erro de regência do verbo “"chamar”":

a)

Ninguém lhe chamou aqui, senhora.

b)

Chamaram-lhe charlatão.

c)

A menina teve medo e chamou pela mãe.

d)

Aos nativos, Colombo chamou de índios.

Compreensão e Interpretação de Textos

O teatro da etiqueta

No século XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta na Europa, não havia sequer garfos e colheres nas mesas de refeição: cada comensal trazia sua faca para cortar um naco da carne – e, em caso de briga, para cortar o vizinho. Nessa Europa bárbara, que começava a sair da Idade Média, em que nem os nobres sabiam escrever, o poder do rei devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus súditos como uma espécie de teatro. Nesse contexto surge a etiqueta, marcando momento a momento o espetáculo da realeza: só para servir o vinho ao monarca havia um ritual que durava até dez minutos.

Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não como simples peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de Versalhes ousou assoar-se com os dedos, como era costume. Mas todas essas regras, embora servissem para diferenciar a nobreza dos demais, não tinham a petulância que a etiqueta adquiriu depois. Os nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para marcar uma diferença política que já existia. E representavam esse teatro da mesma forma para todos. Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam a aprender etiqueta para ascender socialmente. Daí por que ela passou a ser usada de forma desigual – só na hora de lidar com os poderosos.

Revista Superinteressante, junho, 1988, n.º 6, ano 2.

5 -

Conforme o texto, no século XV:

a)

Garfos e colheres inexistiam nas mesas de refeição.

b)

O rei era apenas alguém emblemático.

c)

Os nobres dominavam a escrita.

d)

A etiqueta existia antes desse período.

6 -

A etiqueta surgiu como forma:

a)

De igualdade social.

b)

De diferenciação de classes.

c)

De marcar uma diferenciação etimológica.

d)

De equidade entre os vassalos.

Concordância Nominal e Verbal
7 -

"“(...) Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam a aprender etiqueta para ascender socialmente. (...…)"”.

Ao trocar a palavra “"pessoas"” por “"a maioria da população"” a concordância efetuarse- á:

a)

Com o verbo obrigatoriamente no plural.

b)

Com o verbo obrigatoriamente no singular.

c)

Com o verbo obrigatoriamente flexionado em grau.

d)

Com o verbo no singular ou no plural.

Sintaxe da Oração e do Período
8 -

"“(...) Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço.(...…)"”.

A oração destacada classifica-se como:

a)

Oração subordinada substantiva subjetiva.

b)

Oração coordenada explicativa.

c)

Oração subordinada adjetiva explicativa.

d)

Oração subordinada adverbial causal.

Compreensão e Interpretação de Textos

Quando a separação não é um trauma

A socióloga Constance Ahrons, de Wisconsin, acompanhou por 20 anos um grupo de 173 filhos de divorciados. Ao atingir a idade adulta,o índice de problemas emocionais nesse grupo era equivalente ao dos filhos de pais casados. Mas Ahrons observou que eles "emergiam mais fortes e mais amadurecidos que a média, apesar ou talvez por causa dos divórcios e recasamentos de seus pais". (...) Outros trabalhos apontaram para conclusões semelhantes. Dave Riley, professor da universidade de Madison, dividiu os grupos de divorciados em dois: os que se tratavam civilizadamente e os que viviam em conflito. Os filhos dos primeiros iam bem na escola e eram tão saudáveis emocionalmente quanto os filhos de casais "estáveis". (...)

Uma família unida é o ideal para uma criança, mas é possível apontar pontos positivos para os filhos de separados. "Eles amadurecem mais cedo, o que de certa forma é bom, num mundo que nos empurra para uma eterna dependência."

REVISTA ÉPOCA, 24/1/2005, p. 61-62. Fragmento.

9 -

A opinião da socióloga, do professor e do autor do texto, em relação aos efeitos da separação dos pais sobre os filhos é:

a)

Conflitante.

b)

Dissintônica

c)

Consentânea.

d)

Incompatível.

10 -

De acordo com o texto, é CORRETO afirmar:

a)

Para uma criança, a solução perfeita seria a união dos pais, embora haja algo positivo para filhos de pais separados.

b)

Os filhos de pais separados crescem sempre em um ambiente harmonioso entre os pais.

c)

Os casais "estáveis" sempre apresentam desajustes em relação à criação dos filhos.

d)

A pesquisa da socióloga apontou que o índice de problemas emocionais dos filhos de pais casados é maior.

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