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Informações da Prova Questões por Disciplina DEGASE - Departamento Geral de Ações Socioeducativas - Psicólogo - CEPERJ - 2012 - Prova Objetiva

Tipologia Textual

EXCLUSÃO SOCIAL E VIOLÊNCIA

                              O acentuado crescimento da violência no Brasil, todos sabe-
             mos, tem como causa uma série de determinantes institucionais
             e fatores sociais, seja porque o Estado vem sendo omisso na sua
             tarefa de prevenir e reprimir o crime e na missão de oferecer po-
5           líticas sociais voltadas para o bem-estar de todos, seja porque a
             própria sociedade não vem contribuindo para a sua diminuição e
             reprovação. Os crimes cometidos mais cotidianamente em todos
             os recantos do País, nos pequenos e grandes centros urbanos e
             na zona rural, violam o patrimônio alheio (68%), significando dizer,
10        por isso, que o desemprego caminha lado a lado com o roubo, o
             furto, a apropriação indébita, o estelionato e a extorsão mediante
             sequestro. São pessoas que ingressam na criminalidade, quantas
             vezes, pela falta de oportunidade de emprego, em geral homens
             e mulheres responsáveis pela criação de filhos que vieram ao
15         mundo sem qualquer controle de natalidade, outra função estatal
             reconhecidamente desprezada. Sem perspectivas de sustentar
             a família com os ganhos de um trabalho honesto e gratificante -
             numa sociedade em que todos podem adquirir uma arma de fogo
             livremente - fica muito mais fácil cometer ilícitos penais. A ausência
20        de políticas sociais (emprego, moradia, saúde, educação, princi-
             palmente), com certeza, tem corroborado concretamente com o
             aumento da criminalidade.

                            Cumpre assinalar, por outro lado, que esse mesmo Estado
             há muito vem fracassando na sua árdua missão de evitar e de
25        combater o crime, posto que sejam reconhecidamente inoperantes
             as políticas de segurança pública e o aparelhamento de repressão
             ao delito. Se, de um lado, constatamos uma polícia ostensiva e
             judiciária completamente desmotivada, despreparada e ineficaz, a
             quem compete investigar e evitar o crime, por outra via vivenciamos
30         um Ministério Público, autor da ação penal e guardião dos direitos
             difusos, absolutamente relegado a segundo plano, no momento em
             que quase sempre lhe é negado o seu fortalecimento institucional,
             por ocasião da fixação da sua dotação orçamentária. Estamos num
             País em que o Judiciário, responsável número um pela distribuição
35        de justiça e verdadeiro sustentáculo da democracia, só é Poder
             no momento de ser cobrado, o que acontece insistentemente. Pouco
             se fala em seu soerguimento ou na sua modernização. Uma polícia
             que não previne e não investiga a contento o crime, um Ministério
             Público e um Judiciário reconhecidamente sucateados e inertes
40        frente a uma criminalidade crescente e cada vez mais organizada,
             necessariamente também dão causa à evolução do crime.

                        A própria sociedade - responsável solidária pela segurança pú-
             blica (art. 144, CF/88) - quase nada tem feito em benefício de uma
             paz social duradoura, no momento em que, chamada a participar
45        da prova indiciária ou processual, costumeiramente se esquiva em
             denunciar os verdadeiros culpados e a depor nos inquéritos policiais
             e em processos criminais instaurados com a função de apurar a
             responsabilidade criminal dos eventuais culpados.

                      Ouvi de um juiz de Direito, recentemente, a seguinte expres-
50         são: muitas pessoas estão preferindo ser presas, pois só assim
             terão acesso à comida e moradia. É forçoso reconhecer que razão
             assiste ao magistrado. Embora a liberdade seja um dos mais im-
             portantes de todos os direitos e garantias individuais assegurados
             aos brasileiros pela Constituição, infelizmente, muitos famintos e
55        excluídos socialmente preferem ser custodiados pelo Estado a
             viver em liberdade, em troca de comida e de moradia. A injustiça
             social, portanto, tem contribuído para o atual quadro de violência e
             de desumanidade, ao tempo em que tem transformado a liberdade
              de ir e vir numa utopia para os excluídos da sociedade.

Adaptado de Adeíldo Nunes. In: www.paranaonline.com.br/direitoejustiça

1 -

É comum, em textos argumentativos, que o autor busque o envolvimento do leitor com os fatos e opiniões apresentados.

O melhor exemplo dessa tentativa de envolvimento do leitor está no emprego da seguinte expressão no texto:

a)

“todos sabemos” (L. 1/2)

b)

“significando dizer” (L. 9)

c)

“por isso” (L. 10)

d)

“com certeza” (L. 21)

e)

“É forçoso” (L. 51)

Conjunção
2 -

No título, emprega-se a conjunção aditiva “"e"” para ligar “"exclusão"” à “"violência"”.

A leitura global do texto, entretanto, revela que não se trata de uma adição. A relação que o autor estabelece entre exclusão e violência, na verdade, é de:

a)

causalidade

b)

proporcionalidade

c)

temporalidade

d)

adversidade

e)

finalidade

Ortografia e Semântica
3 -

Um exemplo do texto em que a palavra é formada pela adição de sufixo e prefixo é:

a)

cotidianamente

b)

oportunidade

c)

responsáveis

d)

infelizmente

e)

sucateados

Interpretação de Textos
4 -

“"Os crimes cometidos mais cotidianamente em todos os recantos do País, nos pequenos e grandes centros urbanos e na zona rural, violam o patrimônio alheio (68%)” ." 

No contexto do primeiro parágrafo, a inclusão do dado numérico entre parênteses serve para demonstrar que os crimes são:

a)

disseminados e frequentes

b)

numerosos e incontroláveis

c)

banais e irrelevantes

d)

constantes e assustadores

e)

leves e quantificáveis

Significação das Palavras
5 -

Em geral, os advérbios terminados em -– mente expressam ideia de modo.

O exemplo do texto em que o advérbio grifado não expressa modo é:

(Questão anulada)
a)

"“adquirir uma arma de fogo livremente”"

b)

"“reconhecidamente sucateados e inertes”"

c)

“"o que acontece insistentemente”"

d)

“"costumeiramente se esquiva em denunciar”"

e)

"“Ouvi de um juiz de Direito, recentemente”"

Tipologia Textual
6 -

O último parágrafo pode ser considerado, de fato, como uma conclusão da argumentação desenvolvida, principalmente porque:

(Questão anulada)
a)

registra, como argumento de autoridade, a opinião de um juiz

b)

retoma, em forma de síntese, eixos desenvolvidos no texto

c)

insere, como contra-argumentação, novas opiniões sobre o tema

d)

contradiz, com um exemplo concreto, o senso comum da sociedade

e)

enumera, de modo breve, soluções possíveis para o problema

Conjunção
7 -

"“Embora a liberdade seja um dos mais importantes de todos os direitos e garantias individuais assegurados aos brasileiros pela Constituição"”... (L. 52/54)

No contexto citado acima, o conectivo sublinhado estabelece uma relação de:

(Questão anulada)
a)

causa

b)

consequência

c)

concessão

d)

conformidade

e)

explicação

Pronomes: Emprego, Formas de Tratamento e Colocação
8 -

A palavra ou expressão grifada encontra-se corretamente substituída por um pronome pessoal na seguinte alternativa:

(Questão anulada)
a)

"“violam o patrimônio alheio"” - –violam-o

b)

“"sustentar a família"” - sustentar-lhe

c)

"“denunciar os verdadeiros culpados"” -– denunciá-los

d)

"“Ouvi de um juiz de Direito”" –- ouvi-o

e)

"“tem transformado a liberdade"” -– tem transformado-lhe

Regência Nominal e Verbal
9 -

"“É forçoso reconhecer que razão assiste ao magistrado.”"

A frase acima exemplifica um uso mais formal da língua, escolhido pelo autor deste texto, que foi originalmente publicado em uma seção voltada para questões de Direito e Justiça de um jornal.

No contexto da frase, o significado do verbo “"assistir"” é:

a)

comparecer

b)

acompanhar

c)

faltar

d)

caber

e)

permanecer

Pronomes: Emprego, Formas de Tratamento e Colocação
10 -

O vocábulo que é um pronome relativo quando substitui palavra já enunciada

O exemplo do texto no qual o vocábulo que se classifica como pronome relativo está em:

a)

"“significando dizer, por isso, que o desemprego caminha lado a lado com o roubo”"

b)

"“na sua árdua missão de evitar e de combater o crime, posto que sejam reconhecidamente inoperantes as políticas de segurança pública”"

c)

"“responsáveis pela criação de filhos que vieram ao mundo sem qualquer controle de natalidade”"

d)

"“Cumpre assinalar, por outro lado, que esse mesmo Estado”"

e)

"“É forçoso reconhecer que razão assiste ao magistrado”"

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