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Informações da Prova Questões por Disciplina Procuradoria Geral - Distrito Federal - Analista Jurídico - Arquitetura - IADES - Instituto Americano de Desenvolvimento - 2011 - Prova Objetiva

Língua Portuguesa

Texto I

Mario Qintana

1                          O Mario, além de um grande poeta, era um grande humorista.
               Ele frequentava bastante a nossa casa e era uma presença
               quieta e discreta. Minha mãe fazia muito meias de lã para ele.
4             Tantas que um dia ele observou: “Acho que a Mafalda pensa que
               eu sou uma centopeia”. Uma vez fui levá-lo na casa do Josué
               Guimarães, e ele teve alguma dificuldade em sair do banco de
7             trás. Disse: “Como a gente tem perna, né?” Era um obcecado por
               jogo e, na vez em que foi atropelado, pediu urgentemente, ainda
               do chão, que anotassem o número da placa do carro. Era para
10            jogar na loteria. Nos encontramos no Rio, no Hotel Canadá, na
               Avenida Nossa Senhora de Copacabana. E ele nos contou que o
               que mais gostava no Rio eram os túneis, “porque dentro dos
13            túneis descansava da paisagem”.

VASSALO, Márcio. Mario Qintana.1.ª edição. São Paulo,2005, p. 31.

Texto de Luis Fernando Veríssimo, escritor (com adaptações).

1 -

Com base no texto e nas suas relações sintáticas e semânticas, assinale a alternativa correta.

a)

O trecho "“O Mario, além de um grande poeta, era um grande humorista"” (linha 1), pode ser reescrito, sem alteração sintática e semântica, da seguinte forma: Assim como Mário era um grande poeta, era um grande humorista.

b)

A conjunção “"e"”, empregada duas vezes no segundo período do texto, estabelece a seguinte organização de ideias: a primeira ocorrência liga dois complementos “"bastante a nossa casa"” (linha 2) e “era uma presença” (linha 2); a segunda, duas características: “"quieta"” e "“discreta"” (linha 3).

c)

As vírgulas empregadas após o vocábulo “"Canadá"” (linha 10) e antes da conjunção "“porque"” (linha 12) separam termos que exercem a mesma função sintática.

d)

A conjunção "“porque"”, na penúltima linha do texto, liga orações coordenadas entre si e estabelece ideia de causa.

e)

A colocação proclítica do pronome “"Nos"” (linha 10) não atende aos preceitos da norma padrão, embora, na oralidade, esse uso seja recorrente.

2 -

O trecho "Era um obcecado por jogo e, na vez em que foi atropelado, pediu urgentemente",” pode ser reescrito, sem prejuízo sintático e sem alteração semântica, da seguinte forma:

a)

Era um obcecado por jogo e, na vez onde foi atropelado, pediu urgentemente,

b)

Era um obcecado por jogo e, na vez quando foi atropelado, pediu urgentemente,

c)

Era um obcecado por jogo e, na vez à qual foi atropelado, pediu urgentemente,

d)

Era um obcecado por jogo e, na vez a qual foi atropelado, pediu urgentemente,

e)

Era um obcecado por jogo e, na vez que foi atropelado, pediu urgentemente,

3 -

Julgue os itens a seguir acerca do texto I.

I. Os vocábulos “Ele” (linha 2), “presença quieta e discreta” (linhas 2 e 3) e “lo” (linha 5) pertencem à mesma cadeia coesiva cujo referente é o termo “Mario” (linha 1).

II. No período “Tantas que um dia ele observou: ‘acho que a Mafalda pensa que eu sou uma centopeia.’” (linhas 4 e 5), as orações introduzidas pela conjunção “que”(linha 4) mantêm a mesma relação de sentido.

III. O texto pertence ao gênero narrativo, visto que apresenta um episódio hilariante da vida do escritor Mario Quintana, contado por Luís Fernando Veríssimo.

IV. A substituição da preposição “de” por para em “Teve alguma dificuldade em sair do banco de trás” (linhas 6 e 7) não implica prejuízo semântico, apenas sintático.

V. Ao utilizar como recurso a fala de Mario Quintana, o objetivo de Luís Fernando Veríssimo foi ratificar a afirmação presente na linha 1 do texto.

A quantidade de itens certos é igual a

a)

1.

b)

2.

c)

3.

d)

4.

e)

5.

Texto II

1                        Idioma ajuda a criar marcas de identidade

                           A língua é patrimônio de uma coletividade, seja ela a
4             língua oficial de um Estado constituído, seja ela a língua
               materna de uma comunidade minoritária de imigrantes em um
               país estrangeiro, seja ela a língua nativa conservada por um
7             grupo em uma região que fala maioritariamente uma língua imposta
               por um povo dominador, e assim por diante. De qualquer
               modo, a língua constitui marca identitária da comunidade que a
10            usa, e, em princípio, os parâmetros que a identificam permitem
                identificar indivíduos como pertencentes à comunidade.
                           Entretanto nenhuma língua compõe um bloco de
13            formas e construções cristalizadas usadas sempre do mesmo
                modo por todos os falantes, isto é, nenhuma língua é
                cristalizada sem variações, imutável. Aliás, imaginar uma língua
16            que assim fosse é imaginar algo completamente inservível, e
                mais que isso, impossível.
                           Uma língua cumpre suas funções em uma comunidade
19            exatamente porque: ela é moldável, para satisfação dos propósitos
                da fala; ela é variável, para oferta às escolhas dos falantes;
                ela é dinâmica, para servir às necessidades de expressão nas
22            diferentes situações, nos diferentes lugares, nos diferentes
                momentos. Só assim ela revela as identidades individuais que se
                constroem no espaço simbólico que ela própria identifica e
25            marca, no conjunto.
                           É justamente por uma movimentação contínua que fica
                garantido à língua manter-se sempre com equilíbrio interno,
28            sempre amarrada em um sistema, sempre disponível para
                qualquer interação de seus usuários, por mais "rústicos", "incultos",
                "pouco escolarizados" que sejam, e sempre eficiente
31            como língua da comunidade.
                           Significa isso que se esteja negando a existência de
                padrões? Não, pelo contrário. Nessa variabilidade e nesse
34            dinamismo naturalmente se formam "padrões" de uso, que, por
                sua vez, identificam grupos, e, numa apuração mais fina,
36            identificam os próprios indivíduos.

NEVES, Maria Helena de Moura. Idioma ajuda a criar marcas de identidade. Revista

Língua Portuguesa, n.º 59, ano 5, p. 45, setembro de 2010 (com adaptações).

4 -

No trecho “"Nessa variabilidade e nesse dinamismo naturalmente se formam ‘padrões’ de uso, que, por sua vez, identificam grupos, e, numa apuração mais fina, identificam os próprios indivíduos."”, assinale a alternativa correta em relação aos aspectos gramaticais.

a)

A inserção da vírgula após o termo "“dinamismo”" alteraria, sintática e semanticamente, a estrutura do período.

b)

Haveria erro de colocação pronominal caso se transpusesse a partícula "“se”" para depois do verbo “"formam”".

c)

O uso da forma verbal “"se formam"” no plural, atende às exigências de concordância com o termo “"padrões"” e seriam mantidas a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo no singular.

d)

As formas verbais presentes no trecho acima apresentam dois referentes: “"padrões de uso"” e “"grupos"”.

e)

Ao se retirar a vírgula após o substantivo “"uso”", não haverá alteração semântica na frase.

5 -

Assinale a alternativa correta.

a)

Serão preservadas as relações argumentativas do texto, bem como sua correção gramatical, caso se inicie o segundo parágrafo por Não obstante, em lugar de “Entretanto” (linha 12).

b)

Mantém-se o paralelismo sintático ao substituir o vocábulo “seja”, em sua segunda ocorrência no texto, pela conjunção ou.

c)

No trecho “os parâmetros que a identificam” (linha 10), o pronome relativo “que” remete a “parâmetros” e, por isso, admite a substituição pelo pronome os quais; entretanto, nesse contexto, essa substituição provocaria ambiguidade.

d)

No período “Uma língua cumpre suas funções em uma comunidade exatamente porque: ela é moldável,” (linhas 18 e 19), pode-se substituir o termo destacado, fazendo-se as devidas adaptações, por conquanto ou uma vez que, pois pertencem ao mesmo campo semântico.

e)

A expressão “em princípio” (linha 10) equivale a a princípio, pois ambas apresentam o mesmo significado: inicialmente, primeiramente.

6 -

Assinale a opção correta.

a)

Os termos: “constituído” (linha 4), “identitária” (linha 9) e “indivíduos” (linha 11) recebem acento gráfico pela mesma razão: são paroxítonas terminadas em ditongo.

b)

No último período do primeiro parágrafo, o “a”, em todas as suas ocorrências, apresenta uma única função sintática: objeto direto.

c)

O processo de formação do vocábulo “imutável” (linha 15) é por derivação prefixal.

d)

Os termos “rústicos”, “incultos” e “pouco escolarizados” (linhas 29 e 30) não pertencem ao mesmo campo semântico.

e)

De acordo com o contexto, o vocábulo “inservível” (linha 16) significa sem utilidade, imprestável e tem como referente o termo “algo” (linha 16), que pertence à mesma cadeia coesiva de “língua” (linha 15).

7 -

Assinale a alternativa correta quanto à possibilidade de reescrita do trecho “Entretanto nenhuma língua compõe um bloco de formas e construções cristalizadas usadas sempre do mesmo modo por todos os falantes, isto é, nenhuma língua é cristalizada sem variações, imutável.” sem prejuízo gramatical.

a)

Entretanto, nenhuma língua compõe um bloco de formas e construções cristalizadas usadas sempre do mesmo modo por todos os falantes, isto é, nenhuma língua é cristalizada sem variações, imutável.

b)

Entretanto, nenhuma língua compõe um bloco de formas e construções cristalizadas, usadas sempre do mesmo modo por todos os falantes, isto é, nenhuma língua é cristalizada, sem variações, imutável.

c)

Entretanto nenhuma língua compõe um bloco de formas e construções cristalizadas usadas, sempre do mesmo modo, por todos os falantes, isto é, nenhuma língua é cristalizada sem variações e imutável.

d)

Entretanto, nenhuma língua compõe um bloco de formas e construções cristalizadas, usadas sempre do mesmo modo, por todos os falantes, isto é, nenhuma língua é cristalizada sem variações, imutável.

e)

Entretanto nenhuma língua compõe um bloco de formas e construções cristalizadas, usadas sempre do mesmo modo, por todos os falantes, isto é, nenhuma língua é cristalizada, sem variações e imutável.

A Justiça que o povo quer

1                                  A Justiça que o povo quer

                            O povo tem fome de Justiça, tanto quanto tem fome de
4              pão: deseja encontrar na Justiça o último bastão de suas
               esperanças.
                            O povo quer uma Justiça mais ágil. É possível abreviar
7              o andamento da Justiça, sem prejuízo de princípios
               fundamentais como o contraditório, a produção cuidadosa de
               provas e a possibilidade de recursos contra decisões e
10             sentenças. A abreviação da Justiça exige mudança nas leis,
               modernização do Judiciário e alteração de hábitos seculares.
               Impõe-se que a Justiça para os pobres seja mais eficiente. Justiça
13             é direito. Um dos instrumentos para alcançar esse objetivo
               consiste na instituição e manutenção de uma Defensoria Pública
               valorizada, ágil e competente.
16                          Se para os pobres a Justiça deve ser inteiramente
               gratuita, também para os que pagam custas, a Justiça deve ser
               mais barata. A Justiça é cara, as despesas cartorárias, em alguns
19             casos, são muito altas. Com frequência, cidadãos de classe média
               retardam a regularização de situações jurídicas para fugir do
               peso de custas insuportáveis.
22                          É preciso que se compreenda que a Justiça é uma obra
               coletiva. Tanto é importante o juiz, o desembargador, o
               ministro, o promotor, o procurador, o advogado, quanto o oficial
25             de Justiça, o escrevente, o porteiro dos auditórios, o mais
               modesto servidor. Se qualquer peça da engrenagem falha, o
               conjunto não funciona.
28                          O povo deve sentir-se agente da Justiça, participante,
               ator. A Justiça pertence ao povo, existe para o povo, esse
               sentimento de Justiça como direito do povo é uma exigência de
31             cidadania. A Justiça deve ser menos formal, mais direta e
               compreensível. A Justiça não pode desencorajar a busca de
               direitos por parte dos fracos. A Justiça deve ser sensível, capaz
34             de ouvir as dores dos jurisdicionados. A palavra tem o dom de
               libertar. Os servidores da Justiça devem sempre estar
               disponíveis para ouvir o clamor dos que apelam pelo socorro do
37             Direito.
38                          A Justiça tem de ser impoluta.

HERKENHOFF, João Baptista. Disponível em < http://jusvi.com/artigos/34056 >, (com adaptações). Acesso em 21/2/2010

8 -

Com relação ao texto acima, marque a alternativa incorreta.

a)

Depreende-se do texto que a necessidade do povo de Justiça é tão grande que se assemelha à necessidade de comida.

b)

A partir do desenvolvimento das ideias do texto concluise que a modernização do Judiciário poderia facilitar a vida daqueles que mais precisam.

c)

A Justiça é coletiva, se todos trabalhassem de forma adequada, a sociedade como um todo seria beneficiada.

d)

De acordo com as relações argumentativas do texto, o servidor da Justiça precisa trabalhar para o bem social, independente da função que ele exerça.

e)

A organização das ideias do texto demonstra que a Justiça seja imposta aos pobres.

9 -

A partir das ideias do texto, marque a alternativa correta.

a)

A palavra “Justiça” aparece no texto inúmeras vezes, esse recurso pode ter sido utilizado para enfocar a necessidade de uma reestruturação no sistema judiciário.

b)

Depreende-se do texto que a Justiça deve ser exercida pelos mais privilegiados e atender os mais ricos.

c)

A palavra “bastão” (linha 4) foi usada no sentido denotativo.

d)

A Justiça deve ser acessível e gratuita a todos que precisam dela.

e)

O texto é uma síntese de como funciona a tramitação dos processos na Justiça.

10 -

Relacionado às estruturas gramaticais, marque a alternativa correta.

a)

A expressão “de Justiça” (linha 3) e “fome” (linhas 3) exercem a mesma função sintática - complemento verbal.

b)

O vocábulo “se” (linhas 16 e 28) apresenta o mesmo sentido.

c)

As palavras “ágil” (linha 6) e “prejuízo” (linha 7) seguem a mesma regra de acentuação gráfica.

d)

O vocábulo “mais” (linha 6) é um advérbio de intensidade e faz referência à “Justiça”.

e)

O termo “impoluta” (linha 38), indica que, na opinião do autor, a Justiça tem de ser honesta, íntegra e virtuosa.

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