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Informações da Prova Questões por Disciplina UFBA - Universidade Federal da Bahia - Técnico de Laboratório - Química - UFBA - Universidade Federal da Bahia - 2013 - Prova Objetiva

Compreensão e Interpretação de Textos

O Quartinho das Ferramentas

                              Faz anos, fui voar de asa-delta em Chattanooga. Como o vento não é
               domesticável, custou muito até que soprasse certo. Esperei longas horas no local
               de aterrissagem. Na manhã de sábado, chegou um americano pesadão, em uma
               caminhonete abarrotada de madeira. Depois de empilhar as tábuas no chão, tirou do
5 –         estojo um teodolito e pôs-se a medir. Curioso, pensei, engenheiro que descarrega
               caminhão! Mas, em seguida, munido de uma escavadeira, furou quatro buracos. Virou
               o cimento e construiu quatro blocos, para servirem de alicerce do que prenunciava ser
               um quartinho. Desapareceu antes do fim da manhã.
                              Como o cimento precisava secar, só voltou no dia seguinte. Com uma serra
10 –      circular de mão, pôs-se então a cortar e a pregar as peças de 2 por 4 polegadas
               que compõem a estrutura da cabana. Alguns compensados foram içados, para fazer
               o telhado, logo coberto de telhas de asfalto. Em seguida, mais compensados para
               fechar as paredes. Quando pousei à tarde, a cabana estava pronta, e já desaparecera
               o engenheiro-pedreiro-carpinteiro. Um dia de trabalho: uma cabana pronta e benfeita.
15 –                     Recentemente, vi outra cabana sendo construída, desta vez no Brasil. Como
               era apenas para a duração de uma obra, era mais rústica. Foi também feita de peças
               estruturais de pinho e compensado hidráulico. Como os esteios foram fincados no
               chão, sem cimento, não foi necessário esperar até o dia seguinte. Na prática, levou
               o mesmo tempo que a americana. Vejam a grande diferença: a cabana brasileira foi
20 –       feita por cinco operários!
                              Quando economistas falam de produtividade, referem-se a uma relação entre
               o que se aplica na produção de alguma coisa e o que se obtém ao fim do processo.
               A produtividade da mão de obra reflete quantas horas de trabalho foram necessárias
               para produzir algo – no caso, uma cabana.
25 –                        Como o senhor americano produz o mesmo que cinco brasileiros, em tempo
               equivalente, nesse exemplo concreto, ele é cinco vezes mais produtivo do que nosso
               operário. A graça do exemplo é que, além de ser real, oferece uma situação rara, em
               que podemos comparar a feitura de duas cabanas iguais, em um processo produtivo
               que depende pouco do restante da cadeia de produção.
30 –                     Quanto valerá cada cabana? Depende. Se as duas forem vendidas pelo mesmo
               preço, cada operário brasileiro ganhará um quinto do que o americano vai ganhar. Se
               os brasileiros ganharem o mesmo que o americano, a cabana custará cinco vezes
               mais.
                              No primeiro caso, os operários brasileiros permanecem muito mais pobres. No
35 –      segundo, o país deixa de ser competitivo pelos altos custos. No mundo real, ficamos
               pelo meio do caminho. O exemplo não mede a produtividade brasileira, pois é um
               caso isolado. Mas pesquisas rigorosamente conduzidas mostram o mesmo, uma
               gigantesca diferença de produtividade entre os dois países [...].

CASTRO, C. M. O quartinho das ferramentas. Veja. São Paulo: Abril, ed. 2331, ano 46, n. 30, 24 jul. 2013. p. 18.

1 -

O texto objetiva fazer um paralelo entre a capacidade produtiva do trabalhador brasileiro e a do americano, mostrando a lentidão daquele.

Verdadeira.
Falsa.
2 -

O texto apresenta um tipo de raciocínio que coloca duas realidades como objeto de refexão e escolha de uma delas como mais efciente.

Verdadeira.
Falsa.
3 -

O autor do texto exemplifca o que seja produtividade ou improdutividade na empresa nacional.

Verdadeira.
Falsa.
Estruturas Linguísticas
4 -

Na cadeia textual, o termo “"cabana”" é retomado várias vezes por meio de substituições lexicais.

Verdadeira.
Falsa.
5 -

No primeiro período do texto, a forma verbal “"Faz”" está usada em lugar de Fazem, o que constitui um desvio da norma padrão

Verdadeira.
Falsa.
6 -

Em “"Como o vento não é domesticável, custou muito até que soprasse certo."” (l. 1-2), o período é construído estabelecendo uma relação de causa entre orações.

Verdadeira.
Falsa.
7 -

Os termos "“um americano pesadão"” (l. 3), “"engenheiro que descarrega caminhão"” (l. 5-6) e “"engenheiro-pedreiro-carpinteiro"” (l. 14) referem-se a diferentes personagens da narrativa.

Verdadeira.
Falsa.
8 -

O período “"Virou o cimento e construiu quatro blocos, para servirem de alicerce do que pronunciava ser um quartinho.”" (l. 6-8) apresenta orações coordenadas e subordinadas.

Verdadeira.
Falsa.
Regência Nominal e Verbal
9 -

As formas verbais “"cortar"” (l. 10), “"pregar"” (l. 10) e “"compõem"” (l. 11) apresentam variações quanto à regência verbal.

Verdadeira.
Falsa.
Estruturas Linguísticas
10 -

Em “"Quando pousei à tarde, a cabana estava pronta, e já desaparecera o engenheiro-pedreiro-carpinteiro."” (l. 13-14), o uso da vírgula, nas duas ocorrências, separa termos oracionais com a mesma função no período.

Verdadeira.
Falsa.

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