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Informações da Prova Questões por Disciplina TRE - Goiás - Analista Judiciário - Judiciária - CESPE - UnB - 2009 - Prova Objetiva

Interpretação de Textos

O conceito de verdade e sua utilização no jornalismo

			
			1 			O conceito de verdade tem sido abordado e
				compreendido de diferentes formas por diversos pensadores
				e por diversas escolas filosóficas. Os filósofos gregos
			4 	começaram a buscar a verdade em relação ou oposição à
				falsidade, ilusão, aparência. De acordo com essa concepção,
				a verdade estaria inscrita na essência, sendo idêntica à
			7 	realidade e acessível apenas ao pensamento, e vedada aos
				sentidos. Assim, um elemento necessário à verdade era a
				“visão inteligível”; em outras palavras, o ato de revelar, o
			10 	próprio desvelamento.
						Já para os romanos, a verdade era Veritas, a
				veracidade. O conceito era sempre aplicado, isto é, remetia
			13 	a uma história vivida que pudesse ou não ser comprovada.
				Essa concepção de verdade subordinava-a, portanto, à
				possibilidade de uma verificação. A formulação do
			16 	problema do “critério de verdade” ocupou os adeptos da
				gnosiologia, aqueles que se dedicavam ao estudo das
				relações do pensamento, e de seu enunciado, sua forma de
			19 	tradução na comunicação humana com o objeto ou fato real,
				em que se buscava uma relação de correspondência. Para a
				lógica, o interesse circunscrevia-se na correção e(ou)
			22 	coerência semântica do discurso, da enunciação,
				descartando a reflexão sobre o mundo objetivo.
						Para o filósofo Heidegger, as verdades são respostas
			25 	que o homem dá ao mundo. Ressalte-se a utilização do
				termo no plural, quando o conceito de verdade perde o
				critério do absoluto e(ou) do indivisível. Portanto, não
			28 	haveria mais uma verdade filosófica, mas várias verdades.
				Esse sentido mais pluralista também é defendido por
				Foucault, para quem o significado de verdade seria o de
			31 	expressão de determinada época, cada qual com sua
verdade e seu discurso.

Iluska Coutinho. O conceito de verdade e sua utilização no jornalismo. Internet: <www.metodista.br/unesco/gcsb> (com adaptações).

1 -

Assinale a opção correspondente à frase do texto que representa a síntese de suas ideias.

a)

"O conceito de verdade tem sido abordado e compreendido de diferentes formas por diversos pensadores e por diversas escolas filosóficas." (l.1-3)

b)

"Os filósofos gregos começaram a buscar a verdade em relação ou oposição à falsidade, ilusão, aparência." (l.3-5)

c)

"Assim, um elemento necessário à verdade era a 'visão inteligível'; em outras palavras, o ato de revelar, o próprio desvelamento." (l.8-10)

d)

"A formulação do problema do 'critério de verdade' ocupou os adeptos da gnosiologia" (l.15-17)

Emprego dos tempos e modos verbais
2 -

No texto, um fato ou estado considerado em sua realidade está expresso pelo verbo sublinhado em:

a)

"a verdade estaria inscrita" (l.6).

b)

"o interesse circunscrevia-se" (l.21).

c)

"não haveria mais uma verdade filosófica" (l.27-28).

d)

"o significado de verdade seria o de expressão" (l.30).

Interpretação de Textos
3 -

A respeito do texto, julgue os itens seguintes.

I. Tanto para os gregos como para os lógicos, a verdade constituía uma reflexão, acessível aos sentidos, não ilusória sobre o mundo.

II. Em latim, o conceito de verdade estava associado à experiência e dependia de verificação.

III. Para filósofos mais modernos, a verdade relaciona homem e mundo e varia nas diferentes épocas e discursos.

Assinale a opção correta.

a)

Apenas o item I está certo.

b)

Apenas o item III está certo.

c)

Apenas os itens I e II estão certos.

d)

Apenas os itens II e III estão certos.

Crase
4 -

Assinale a opção correta a respeito do emprego da crase nas estruturas linguísticas do texto.

a)

No segundo período do texto (L. 3-5), mantêm-se as relações semânticas, bem como a correção gramatical, ao se inserir à antes de "ilusão" e antes de "aparência".

b)

Tanto o uso da crase em "à realidade" (L. 6-7) como da contração em "ao pensamento" (L. 7) justificam-se pelas relações de regência de "idêntica" (L. 6).

c)

Nas linhas 12 e 13, preservam-se as relações de regência de "remetia", bem como a correção gramatical do texto, ao se inserir um sinal indicativo de crase em "a uma história".

d)

A retirada do sinal indicativo de crase em "à possibilidade" (L. 14-15) provocaria erro gramatical e incoerência nas idéias do texto, por transformar objeto indireto em objeto direto na oração.

Interpretação de Textos
5 -

Assinale a opção incorreta a respeito da função textual das estruturas linguísticas do texto.

a)

No encadeamento dos argumentos do texto, a expressão "essa concepção" (l.5) remete à ideia anterior, de "verdade em relação ou oposição à falsidade, ilusão, aparência" (l.4-5).

b)

A expressão "em outras palavras" (l.9) tem a função de introduzir uma explicação ou um esclarecimento sobre como o conceito de 'visão inteligível' (l.9) deve ser compreendido.

c)

O desenvolvimento das ideias do texto mostra que a expressão "gnosiologia" (l.17) deve ser interpretada como sinônimo de 'critério de verdade' (l.16).

d)

Na organização da coesão textual, as duas ocorrências do vocábulo "mais" (l.28 e 29) associam as ideias das orações em que ocorrem às dos parágrafos anteriores, mas sua omissão não prejudicaria a correção ou a coerência textuais.

A crítica da razão indolente

1             A ciência moderna teve de lutar com um inimigo
              poderoso: os monopólios de interpretação, fossem eles a
              religião, o estado, a família ou o partido. Foi uma luta
4             travada com enorme êxito e cujos resultados positivos vão
              ser indispensáveis para criar um conhecimento
              emancipatório pós-moderno. O fim dos monopólios de
7             interpretação é um bem absoluto da humanidade.
              No entanto, como a ciência moderna colonizou as
              outras formas de racionalidade, destruindo, assim, o
10            equilíbrio dinâmico entre regulação e emancipação, em
              detrimento desta, o êxito da luta contra os monopólios de
              interpretação acabou por dar lugar a um novo inimigo, tão
13            temível quanto o anterior, e que a ciência moderna não
              podia senão ignorar: a renúncia à interpretação,
              paradigmaticamente patente no utopismo automático da
16            tecnologia e também na ideologia e na prática consumistas.

Boaventura de Sousa Santos. A crítica da razão indolente. São Paulo: Cortez, 2007, p. 95 (com adaptações).

6 -

Depreende-se da argumentação do texto que:

a)

a criação de um conhecimento pós-moderno apoia-se na utopia da ideologia e da prática consumista.

b)

tanto uma interpretação monopolizada quanto a falta de interpretação são prejudiciais à humanidade.

c)

tanto a ciência moderna quanto outras formas de racionalidade prejudicaram a luta contra os monopólios de interpretação.

d)

o fim dos monopólios de interpretação teve como uma de suas consequências o enfraquecimento da religião, do Estado, da família e dos partidos.

Reescritura de texto
7 -

Assinale a opção correspondente à proposta de substituição para o texto que provoca erro ou incoerência textual.

a)

fosse em lugar de "fossem eles" (l.2)

b)

seus em lugar de "cujos" (l.4)

c)

Acabarem os monopólios de interpretação em lugar de "O fim dos monopólios de interpretação" (l.6-7)

d)

deixar de em lugar de "senão" (l.14)

Relação de Causa e Consequência
8 -

No desenvolvimento das ideias do texto, introduz-se uma ideia de causa com o uso:

a)

de "para" (l.5).

b)

de "como" (l.8).

c)

de "destruindo" (l.9).

d)

do sinal de dois-pontos depois de "ignorar" (l.14).

Coesão e Coerência

Graças à letra "soft", a estrutura "hard" dura

1             Por muitos anos, pensávamos compreender o que era
              interpretado, o que era uma interpretação; inquietávamo-nos,
              eventualmente, a propósito de uma dificuldade em particular,
4             ocorrida no trabalho de interpretação. Nada mais. Atualmente,
              não temos certeza, já não estamos tão certos. O conflito de
              ideologias fez com que indagássemos sobre o que quer dizer
7             uma interpretação e duvidássemos sobre o que estávamos
              fazendo ou teríamos de fazer.
              Em vez desse tratamento que era dado à questão da
10            interpretação, a Teoria Crítica ou o Criticismo insiste em
              trabalhar com as palavras que estão inscritas em determinada
              página.

Célio Garcia. Graças à letra "soft", a estrutura "hard" dura. In: Hugo Mari et al. (Org.). Estruturalismo,

memória e repercussões. Belo Horizonte: UFMG/Diadorim, p. 192 (com adaptações).

9 -

Assinale a opção correspondente ao desdobramento para a frase "Nada mais." (R.4) que está gramaticalmente correto e coerente para o desenvolvimento da argumentação do texto.

a)

Nada mais nos inquietava.

b)

Nada mais tínhamos para interpretar.

c)

Nada mais pensávamos compreendermos.

d)

Nada mais havia em um trabalho de interpretação.

Pontuação
10 -

Assinale a opção incorreta a respeito do uso dos sinais de pontuação no texto.

a)

Na conexão de ideias, a conjunção e desempenharia a mesma função da vírgula depois de "interpretado" (l.2) e poderia substituí-la sem prejudicar a correção do texto.

b)

A substituição das duas vírgulas que demarcam a explicação "a propósito de uma dificuldade em particular" (l.3) pelo duplo travessão preservaria a correção gramatical e a coerência textual.

c)

Respeita-se a relação entre as ideias do texto e mantém-se sua correção gramatical com a substituição do ponto depois de "certos" (l.5) pelo sinal de dois-pontos, fazendo os necessários ajustes na inicial maiúscula.

d)

Na linha 9, a inserção de uma vírgula depois de "tratamento" preservaria a correção do texto, mas deixaria de marcar o caráter restritivo da oração iniciada por "que era".

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