IF-PB (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba) - Jornalista - IDECAN (Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional) - 2019
Texto I
Leia o texto abaixo para responder à questão
O gênero textual romance possui características predominantemente narrativas. No excerto acima, a sentença linguística que não consigna essa afirmação, e que - por isso - possui natureza mais descritiva, predominantemente, é:
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a) “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim...” (linha 1)
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b) “Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento...” (linha 2)
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c) “Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos...” (linha 7)
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d) “Moisés, que também contou a sua morte...” (linha 4)
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e) “Verdade éque não houve cartas nem anúncios.” (linha 8)
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No texto acima, a sentença “Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos...” (linha 7) possui o seguinte recurso linguístico:
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a) antonomásia
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b) anacoluto
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c) modalização
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d) catacrese
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e) paronomásia
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No excerto acima, a sentença linguística “Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.” (linhas 4 e 5) é reproduzida pelo narrador por meio do seguinte mecanismo:
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a) performance
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b) polissemia
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c) intertextualidade
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d) estruturação sintática
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e) paralinguagem
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O texto acima, por ter sido escrito no século XIX, possui algumas peculiaridades linguísticas que chamam a atenção do leitor contemporâneo. Entre elas, a sentença “Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento...” (linha 2). Caso tal sentença fosse reescrita no português culto brasileiro, ter-se-ia a seguinte frase:
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a) “Conquanto o uso vulgar seja começar pelo nascimento”
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b) “Na medida em que o uso vulgar seja começar pelo nascimento”
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c) “À medida que o uso vulgar seja começar pelo nascimento”
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d) “Porquanto o uso vulgar seja começar pelo nascimento”
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e) “Desde que o uso vulgar seja começar pelo nascimento”
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Conquanto a obra de Machado de Assis seja permeada da variante linguística culta da língua portuguesa, observam-se algumas marcas de oralidade, tais como em “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte.” (linhas 1 e 2). A principal marca de oralidade presente no texto, do ponto de vista do emprego das categorias gramaticais, é a utilização
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a)
coloquial do pretérito imperfeito do indicativo em substituição ao futuro do pretérito do indicativo, comum no Português Brasileiro Contemporâneo. |
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b)
de sintaxe estranha ao Português Brasileiro Contemporâneo. |
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c)
de acentuação gráfica estranha ao Português Brasileiro Contemporâneo. |
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d)
de pontuação estranha ao Português Brasileiro Contemporâneo. |
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e)
de recursos de interdiscursividade, comuns no Português Brasileiro Contemporâneo. |
O título “ÓBITO DO AUTOR" possui locução (do autor) ligada ao substantivo (óbito). Caso tal relação fosse analisada sob a ótica da sintaxe, ter-se-ia que a locução (do autor) exerceria a mesma função sintática que o termo sublinhado exerce na sentença abaixo:
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a)
direito à vida |
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b)
direito à greve |
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c)
nascimento do autor |
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d)
necessidade do autor |
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e)
necessidade do amor |
Na alteração da estruturação sintática de “autor defunto” (linha 3) para “defunto autor” (linha 3), o narrador de Memórias Póstumas utilizou-se de um recurso linguístico de natureza
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a) exclusivamente morfossintática.
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b) predominantemente morfossintática.
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c) exclusivamente morfossintático-semântica.
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d) predominantemente morfossintático-semântica.
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e) exclusivamente fonética.
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No recorte textual, “(...) por onze amigos. Onze amigos!” (linha 8), a repetição do signo linguístico “amigos”, relacionada à sequência do texto, bem como à sentença “Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei.” (linha 14), sugere
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a) gênero paráfrase.
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b) gênero epistolar.
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c) recurso irônico.
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d) atitude de agradecimento do narrador personagem.
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e) ufanismo.
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Na sentença linguística “Acresce que chovia — peneirava uma chuvinha miúda (...)” (linhas 8 e 9), sintática e estilisticamente, pode-se afirmar que
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a) o verbo “chover” possui o mesmo sujeito do verbo “peneirar”.
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b) há presença de sujeito zero, bem como de personificação ou prosopopeia.
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c) existe presença de objeto direto interno e pleonástico.
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d) há presença de emprego de sufixo de valor exclusivamente afetivo-positivo.
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e) ocorre presença de pronome relativo.
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