ACESSE GRATUITAMENTE + DE 450.000 QUESTÕES DE CONCURSOS!

Informações da Prova Questões por Disciplina Tribunal de Justiça - São Paulo - Escrevente Técnico Judiciário - Vunesp - 2010 - Prova Objetiva - Capital

Interpretação de Textos

Sobre: Daniel Piza

Quando algumas pessoas que só acompanham meu trabalho como jornalista cultural sabem que admiro, pratico e comento futebol, isso sem falar de quando declaro o time para o qual torço, soltam frases como “Isso não é importante”, “Que perda de tempo” ou “Todo mundo tem seu lado irracional”. São frases engraçadamente preconceituosas. Sugerem que os livros e as artes são sempre importantes, nunca desperdiçam nosso tempo e agem como veículos da nossa razão. E está claro que não é assim... E sugerem, por outro lado, que do futebol nada se aprende. Bem, muitos intelectuais aprenderam dele, como de outros esportes, e eu digo sempre que o futebol me ensinou mais sobre o Brasil do que muitos livros de história. Também me ensinou sobre a natureza humana.

Concordo que o futebol não é “importante”; mais ainda, que as pessoas lhe dão muita importância, desde o torcedor que briga com a mulher ou com o vizinho porque o time perdeu até o professor que decide defender a tese de que um time de 11 marmanjos de calções serve como modelo para o que uma nação deve fazer com sua economia, educação, etc. Mas o futebol tem importância por mexer com outras dimensões da nossa natureza, como o instinto de competição física e a inclinação para o ritual simbólico. Como ao ler as lendas da mitologia ou os romances de aventura, projetamos no futebol um gosto pela façanha, uma curiosidade sobre o limite. Viver é mover.

Se 2 bilhões de pessoas param para ver uma final de Copa do Mundo, um observador cultural não pode ficar indiferente a isso. Logo, ver algo que me dá prazer como simulação de nossas possibilidades motoras e lúdicas, não precisa ser perda de tempo. (...)

Sobre o lado irracional, uma das coisas que o futebol mostra é que racionalidade e irracionalidade não são duas instâncias lado a lado, mas que se mesclam e muitas vezes com resultados positivos. O que Pelé fazia em campo podia partir de uma memória corporal vinda desde as brincadeiras de infância – e quantos prazeres da vida não têm a mesma relação com o jogo? – e, no entanto, era produto de um trabalho mental, consciente, forjado em tentativa e erro, repetidas vezes. O craque não é o que pensa mais rápido e, assim, aplica o que faz com a bola dentro da narrativa da partida. Como nas artes, na política ou na paquera, o grande segredo mora no “timing”. É preciso ensaiar para não fazer em campo apenas as jogadas ensaiadas.

(Daniel Piza, O Estado de S.Paulo, 13.06.2010. Adaptado)

1 -

A oração … isso sem falar de quando declaro o time para o qual torço…, no contexto do primeiro parágrafo: 

a)

indica redundância de ideias e torna o trecho ininteligível. 

b)

apresenta pontuação inadequada, por estar entre vírgulas.

c)

contém estrutura sintática sem nexo lógico. 

d)

deveria estar no final do período para garantir-lhe a coesão. 

e)

poderia vir entre travessões, pois trata-se de oração intercalada.

2 -

Assinale a alternativa em que a colocação dos termos na frase foge da usual, tal como se observa em ... do futebol de conchavos nada se aprende: 

a)

A mídia usa os ídolos para comover a população com emoções fortes.

b)

A nação embarca num patriotismo desproporcional às vésperas de cada Copa.

c)

O futebol se amarrou à autoimagem do país para sempre. 

d)

Dos técnicos de futebol muito se fala.

e)

O surgimento consagrador de Pelé compensou o trauma de 1950.

3 -

O período construído com duas das frases seguintes – “Isso não é importante.”/ “Que perda de tempo.”/ “Todo mundo tem seu lado irracional.” – está correto, quanto à correlação de tempo verbal, em:

a)

Se isso fosse importante, não era perda de tempo. 

b)

Por mais que fosse irracional, não será perda de tempo.

c)

Embora se perca muito tempo com isso, não é uma irracionalidade.

d)

Talvez se perde muito com isso e seja assim uma irracionalidade. 

e)

Contanto que isso era perda de tempo, é, pois, uma irracionalidade.

4 -

A nova versão da frase – ... eu digo sempre que o futebol me ensinou mais sobre o Brasil do que muitos livros de história. – está correta, quanto à regência, de acordo com a norma culta, em: 

a)

O autor disse: recorro sempre sobre o futebol onde me ensina mais sobre o Brasil que muitos livros de história.

b)

O futebol franqueou-me mais conhecimentos sobre o Brasil que os livros de história.

c)

Ele referiu-se com o fato que aprendeu mais sobre o Brasil com o futebol que com os livros de história. 

d)

Supõe-se de que o futebol ensine mais sobre o Brasil que os livros de história. 

e)

Os livros de história não são propensos de ensinamentos sobre o Brasil quanto o futebol.

5 -

As frases do trecho – Concordo que o futebol não é importante, que as pessoas lhe dão muita importância, que um time de 11 marmanjos serve como modelo para uma nação. – estão corretamente reescritas em: 

a)

Atenho-me à ideia de que o futebol não é importante, de que as pessoas supervalorizam-no, de que um time de 11 marmanjos presta-se a modelo para uma nação. 

b)

Atenho-me a ideia de que o futebol não é importante, de que as pessoas supervalorizam-lo, de que um time de 11 marmanjos presta-se a modelo para uma nação. 

c)

Atenho-me à ideia de que o futebol não é importante, de que as pessoas supervalorizam-lhe, de que um time de 11 marmanjos presta-se à modelo para uma nação. 

d)

Atenho-me a ideia de que o futebol não é importante, de que as pessoas supervalorizam-no, de que um time de 11 marmanjos presta-se a modelo para uma nação. 

e)

Atenho-me a ideia de que o futebol não é importante, de que as pessoas supervalorizam ele, de que um time de 11 marmanjos presta-se à modelo para uma nação.

Língua Portuguesa

Futebol

Mas o futebol tem importância por mexer com outras dimensões da nossa natureza, como o instinto de competição física e a inclinação para o ritual simbólico. Como ao ler as lendas da mitologia ou os romances de aventura, projetamos no futebol um gosto pela façanha, uma curiosidade sobre o limite.

6 -

Assinale a alternativa correta quanto à grafia da palavra porque

a)

Mas o futebol tem importância por quê? Você sabe o motivo por que o brasileiro ama futebol? Porque ele mexe com outras dimensões de nossa natureza. 

b)

Mas o futebol tem importância porque? Você sabe o motivo porque o brasileiro ama futebol? Porque ele mexe com outras dimensões de nossa natureza. 

c)

Mas o futebol tem importância por quê? Você sabe o motivo porque o brasileiro ama futebol? Por que ele mexe com outras dimensões de nossa natureza.

d)

Mas o futebol tem importância por quê? Você sabe o motivo por que o brasileiro ama futebol? Por que ele mexe com outras dimensões de nossa natureza.

e)

Mas o futebol tem importância por que? Você sabe o motivo porque o brasileiro ama futebol? Por que ele mexe com outras dimensões de nossa natureza.

Interpretação de Textos
7 -

Assinale a alternativa que reescreve, sem alteração de sentido, a frase – Mas o futebol tem importância por mexer com outras dimensões da nossa natureza,...:

a)

Pois o futebol tem importância por mexer com outras dimensões da nossa natureza,...

b)

Porém o futebol tem importância por mexer com outras dimensões da nossa natureza,... 

c)

Logo, o futebol tem importância por mexer com outras dimensões da nossa natureza,... 

d)

Assim, o futebol tem importância por mexer com outras dimensões da nossa natureza,...

e)

E o futebol tem importância por mexer com outras dimensões da nossa natureza,...

Língua Portuguesa
8 -

Na frase ... projetamos no futebol um gosto pela façanha... a expressão um gosto pela façanha está corretamente substituída, de acordo com a norma culta, por um pronome pessoal, em:

a)

projetamos-lhe no futebol...

b)

... projetamo-lo no futebol... 

c)

... projetamos-no no futebol...

d)

... projetamos-o no futebol...

e)

... projetamo-lhe no futebol...

9 -

Assinale a alternativa que completa corretamente a frase dada. Uma final de Copa do Mundo é um evento: 

a)

de que um observador cultural não pode ficar indiferente.

b)

sob o qual um observador cultural não pode ficar indiferente.

c)

ao qual um observador cultural não pode ficar indiferente.

d)

ao que um observador cultural não pode ficar indiferente. 

e)

do qual um observador cultural não pode ficar indiferente.

10 -

Assinale a alternativa que reescreve, corretamente, de acordo com a norma culta, os segmentos frasais: As pessoas sabem que pratico futebol .../ O futebol tem mais importância que as artes./ ... algo que me dá prazer: 

a)

As pessoas sabem que adiro o futebol .../ O futebol sobrepõem-se às artes./ ... algo que me apraz.

b)

As pessoas sabem que adero ao futebol .../ O futebol sobrepõe-se as artes./ ... algo que apraza-me. 

c)

As pessoas sabem que adiro ao futebol .../ O futebol sobrepõe-se as artes./ ... algo que me apraz.

d)

As pessoas sabem que vou aderir ao futebol .../ O futebol sobrepõe-se as artes./ ... algo que me aprazerá.

e)

As pessoas sabem que adiro ao futebol .../ O futebol sobrepõe-se às artes./ ... algo que me apraz.

« anterior 1 2 3 4 5 6 7 8 próxima »

Marcadores

Marcador Verde Favorita
Marcador Azul Dúvida
Marcador Amarelo Acompanhar
Marcador Vermelho Polêmica
Marcador Laranja  Adicionar

Meus Marcadores

Fechar
⇑ TOPO

 

 

 

Salvar Texto Selecionado


CONECTE-SE

Facebook
Twitter
E-mail

 

 

Copyright © Tecnolegis - 2010 - 2024 - Todos os direitos reservados.