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Informações da Prova Questões por Disciplina Ministério Público Estadual - Pará - Técnico - Biblioteconomia - Biblioteconomista - FADESP - 2012 - Prova Objetiva

Interpretação de Textos

Resposta de Leonardo Avritzer ao questionamento “O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção?”

Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a seguir.

1                       O JEITINHO BRASILEIRO expressa duas características. A positiva é a capacidade de
2            adaptação em diferentes situações. Isso dá ao país uma flexibilidade política e uma capacidade
3            de inovação invejáveis. O lado negativo é uma ambiguidade em relação às regras. Isso afeta o
4            sistema político e as instituições, que por vezes operam com um certo desprezo pelas regras
5            formais do jogo político.
6                       Esta flexibilidade também está ligada ao “familismo amoral”, um padrão moral que
7            privilegia as relações familiares e permite um desrespeito às regras daquilo que é público. Essa
8            é a dimensão do comportamento brasileiro que mais propicia a corrupção. Percorremos um
9            importante caminho até considerar essas práticas negativas para o sistema político, mas ainda
10           não conseguimos superá-las.
11                      Corrupção depende da percepção, já que quem é corrupto não o admite publicamente.
12           Não existe método para classificá-la internacionalmente. Ela varia de acordo com a liberdade de
13           imprensa e das instituições democráticas de cada país. Os índices, principalmente o da
14           Transparência Internacional, não consideram essas dimensões. Então, vemos países com
15           ótimas performances comparativas, mas sem mecanismos democráticos, como a Malásia.
16           Hoje, o Brasil está distante de aceitar uma postura de “roubo, mas faço”. Mas esse sistema
17           político se deslegitima quando a opinião pública percebe que ele não consegue tratar da
18           corrupção no seu interior.
19                      O grande problema não é perceber a corrupção, mas puni-la. O combate está muito
20           concentrado no Executivo, especialmente na Polícia Federal. Já a mídia não tem um papel
21           muito claro. Ela prefere novos casos a seguir até o final os já existentes. Poderia ser mais
22           transparente, acompanhar exaustivamente toda a tramitação e exercer uma pressão maior
23           sobre o Judiciário para que as punições ocorram.

Resposta de Leonardo Avritzer ao questionamento “O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção?”,

publicada na Revista de História da Biblioteca Nacional, n.º 42, de março de 2009.

1 -

Ao posicionar-se sobre o comportamento político no Brasil, a tese defendida pelo autor do texto é:

a)

o jeitinho brasileiro propicia a corrupção, mas permite ao país certa flexibilidade política.

b)

embora o jeitinho brasileiro permita ao país certa flexibilidade política, esse tipo de comportamento propicia a corrupção.

c)

o jeitinho brasileiro permite ao país certa flexibilidade política, apesar de esse tipo de comportamento propiciar a corrupção.

d)

mesmo que o jeitinho brasileiro propicie a corrupção, esse tipo de comportamento permite ao país certa flexibilidade política.

2 -

No trecho “O lado negativo é uma ambiguidade em relação às regras.” (linha 3), a palavra em destaque expressa uma postura do brasileiro em relação às regras do jogo político que se pode julgar como

a)

renovada.

b)

vacilante.

c)

inidiferente.

d)

hostil.

3 -

O trecho em que o autor expressa uma avaliação positiva em relação ao comportamento político no Brasil é

a)

“Corrupção depende da percepção, já que quem é corrupto não o admite publicamente.” (linha 11).

b)

“Hoje, o Brasil está distante de aceitar uma postura de ‘roubo, mas faço’.” (linha 16).

c)

“O grande problema não é perceber a corrupção, mas puni-la.” (linha 19).

d)

“O combate está muito concentrado no Executivo, especialmente na Polícia Federal.” (linhas 19 e 20).

4 -

Na expressão “familismo amoral”, a palavra em destaque, formada pelo sufixo “-ismo”, designa um(uma)

a)

corrente de pensamento, tal qual a palavra “marxismo”.

b)

estilo artístico, tal qual a palavra “romantismo”.

c)

conduta ideológica, tal qual a palavra “machismo”.

d)

terminologia científica, tal qual a palavra “alcoolismo”.

Concordância Nominal e Verbal
5 -

O período em que a ausência de um complemento nominal compromete o entendimento do texto é

a)

“A positiva é a capacidade de adaptação em diferentes situações.” (linhas 1 e 2).

b)

“Isso afeta o sistema político e as instituições, que por vezes operam com um certo desprezo pelas regras formais do jogo político.” (linhas 3 a 5).

c)

“Os índices, principalmente o da Transparência Internacional, não consideram essas dimensões.” (linhas 13 e 14).

d)

“Poderia ser mais transparente, acompanhar exaustivamente toda a tramitação e exercer uma pressão maior sobre o Judiciário para que as punições ocorram.” (linhas 21 a 23).

Pronomes
6 -

O período em que um pronome demonstrativo substitui, no texto, um constituinte oracional para evitar a repetição é

(Questão anulada)
a)

“Esta flexibilidade também está ligada ao “familismo amoral”, um padrão moral que privilegia as relações familiares e permite um desrespeito às regras daquilo que é público.” (linhas 6 e 7).

b)

“Corrupção depende da percepção, já que quem é corrupto não o admite publicamente.” (linha 11).

c)

“Os índices, principalmente o da Transparência Internacional, não consideram essas dimensões.” (linhas 13 e 14).

d)

“O grande problema não é perceber a corrupção, mas puni-la.” (linha 19).

7 -

No trecho “Já a mídia não tem um papel muito claro. Ela prefere novos casos a seguir até o final os já existentes.” (linhas 20 e 21), o conectivo que pode ser utilizado para articular os dois períodos é

a)

pois.

b)

contudo.

c)

portanto.

d)

quando.

Interpretação de Textos

Corrupcionário

Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a seguir.

1                       Por sua natureza fugitiva, a corrupção atende por vários nomes. Engana-se quem pensa
2           que ela é jovem e brasileira. Confira abaixo um pequeno apanhado de termos ligados à
3           corrupção em outras épocas e em outros países.
4                       Colarinho branco – Expressão criada pelo sociólogo norte-americano Edwin Sutherland,
5           que ganhou destaque por pesquisar delitos de pessoas de altas posições sociais. Na contramão
6           de teorias de seu tempo, Edwin desvinculou criminalidade e pobreza. Não faltaram motivos: em
7           um estudo sobre setenta grandes empresas, encontrou um total de 980 faltas perante a lei.
8                       Escroquerie – O termo francês designa a utilização de meios fraudulentos para obter
9           ganhos prejudicando terceiros. Está muito ligado ao universo financeiro e é a origem da palavra
10          brasileira “escroque”, que tem significado semelhante.
11                      Santo Unhate – Da pena de Gregório de Matos saíram críticas ácidas aos desmandos
12          de autoridades coloniais. O santo cujo nome vinha de “unhar”, quer dizer, roubar, foi criado para
13          denunciar o português que chegava à Colônia “saltando no cais descalço, roto e despido”, e
14          enriquecia de maneira desonesta.

Excerto extraído da Revista de História da Biblioteca Nacional, n.º 42, março de 2009.

8 -

Os comentários que seguem os verbetes listados no texto “Corrupcionário” servem à

a)

criação das palavras e expressões que se referem à corrupção.

b)

correção das palavras e expressões que se referem à corrupção.

c)

avaliação das palavras e expressões que se referem à corrupção.

d)

contextualização das palavras e expressões que se referem à corrupção.

9 -

Com base no comentário que segue o verbete “Colarinho branco”, infere-se que o sociólogo Edwin Sutherland rejeita a tese de que

a)

a pobreza seja a causa da criminalidade.

b)

a criminalidade seja proporcional à pobreza.

c)

a pobreza seja consequência da criminalidade.

d)

a criminalidade seja comparável à pobreza.

Relação de Causa e Consequência
10 -

O trecho em que falta uma vírgula para demarcar os limites de uma oração explicativa é

a)

“Expressão criada pelo sociólogo norte-americano Edwin Sutherland, que ganhou destaque por pesquisar delitos de pessoas de altas posições sociais.” (linhas 4 e 5).

b)

“O termo francês designa a utilização de meios fraudulentos para obter ganhos prejudicando terceiros.” (linhas 8 e 9).

c)

“Da pena de Gregório de Matos saíram críticas ácidas aos desmandos de autoridades coloniais.” (linhas 11 e 12).

d)

“O santo cujo nome vinha de “unhar”, quer dizer, roubar, foi criado para denunciar o português que chegava à Colônia “saltando no cais descalço, roto e despido”, e enriquecia de maneira desonesta.” (linhas 12 a 14).

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