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Comentários / Tribunal de Justiça - São Paulo - Médico - Médica - Médico Clínico Geral - Vunesp - 2013 - Prova Objetiva


Opostos ao efeito placebo, medo e estresse causam doenças

Excesso de informação pode fazer com que o paciente, inconscientemente, desenvolva doenças por medo, alerta o neurologista Magnus Heier.

“A expectativa determina o desenvolvimento de doenças”, afirma. Segundo ele, podemos criar sintomas ou fazê-los desaparecer. Quem lê um artigo que diz que as radiações eletromagnéticas das antenas de celulares provocam doenças pode sentir dor de cabeça mesmo que a antena esteja desligada. É o chamado efeito nocebo.

“O efeito nocebo ocorre sobretudo quando se tem medo de uma doença ou do tratamento a ser enfrentado. Os efeitos colaterais ficam, então, muito mais fortes”, diz Heier. “Muitos pacientes com câncer começam a se sentir mal quando entram na sala da quimioterapia, porque inconscientemente esperam sentir náusea após a sessão.” Medo significa estresse para o corpo e pode debilitar o sistema imunológico. Assim, o corpo fica mais suscetível a infecções e surgem dores que não deveriam existir, explica o especialista.

Outros estudos confirmam tal fenômeno, como os realizados por médicos das clínicas universitárias de Regensburg e Tübingen. Winfried Häuser, Emil Jansen e Paul Enck publicaram estudos sobre o efeito nocebo entre 1960 e 2011 em todo o mundo, tendo verificado e compilado os resultados obtidos.

O termo nocebo, em latim, significa “fazer mal”, enquanto placebo significa “agradar”. Trata-se basicamente do mesmo efeito, só que um é negativo, e o outro, positivo. Ambos afetam as pessoas no ponto que elas menos podem controlar: o subconsciente.

O efeito nocebo geralmente ocorre quando recebemos muitas informações e não conseguimos ordená-las, especialmente ao buscar na internet por doenças e sintomas. Já a bula dos remédios lista todos os possíveis efeitos colaterais, mesmo que alguns raramente se manifestem, ou seja, em algo como um em cada dez mil pacientes. As empresas farmacêuticas são, porém, obrigadas a detalhar todas as possibilidades.

Diante disso, a orientação médica precisa é o principal meio de combater o efeito nocebo. Mas até mesmo a comunicação médico-paciente pode desencadear medos, se o médico não for cuidadoso. Não escutar com atenção, não fazer contato visual, não levar o paciente a sério ou intimidá-lo pode ser nocivo. O médico também deve ter cuidado para não usar um tom negativo e criar desconforto. Tudo isso pode ocorrer devido à falta de tempo, à pressão no trabalho ou porque os médicos querem ser transparentes sobre os possíveis riscos de um tratamento ou operação.

É fundamental que as dúvidas sejam esclarecidas, sempre com cautela, já que não se deve subestimar o impacto das informações sobre o subconsciente.

(http://saude.terra.com.br/doencas-e-tratamentos. Adaptado)

Questão:

De acordo com o texto, no diálogo com o paciente, o médico deve

Resposta errada
a)

mostrar-se otimista, dando garantias de cura para a enfermidade.

Resposta errada
b)

limitar-se a ouvir o paciente, eximindo-se de emitir sua opinião.

Resposta correta
c)

expressar-se com prudência, usando linguagem objetiva.

Resposta errada
d)

omitir os riscos envolvidos no tratamento a ser enfrentado.

Resposta errada
e)

ser lacônico, empregando um tom marcadamente imperativo.

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