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Comentários / Defensoria Pública do Estado - Rio Grande do Sul - Analista - Administração - FCC - Fundação Carlos Chagas - 2013 - Prova Objetiva - Administração


O maior, o melhor

Atenção: A(s) questão(ões) a seguir refere(m)-se ao texto seguinte.

Há algum tempo um jornal de grande circulação promoveu uma enquete para saber qual é o maior escritor brasileiro, se Machado de Assis ou se Guimarães Rosa. Parece que antes de mais nada já não haveria qualquer dúvida sobre os dois maiores, cabendo apenas hierarquizá-los. Essa mania de o maior, o melhor está cada vez mais incorporada ao competitivo mundo moderno. Trata-se de eleger logo um absoluto, um superlativo, numa espécie de torneio promovido a propósito de tudo: o melhor cantor, o melhor atacante, o maior empresário, o maior bandido...

Muito sabiamente, o poeta Manuel Bandeira resolveu logo a parada, declarando-se já de saída um “poeta menor”, e ainda pediu desculpas por isso. Convivendo com a tuberculose desde adolescente, nosso poeta conviveu também com a alta probabilidade de uma morte precoce − e a morte, como se sabe, costuma relativizar tudo. Ela não respeita nem os maiores, nem os melhores. Qualquer hierarquia perde o sentido diante dela. E justamente por se saber “menor”, isto é, mortal, humano, falível, limitado, o poeta Manuel Bandeira acabou fazendo de suas pequenas experiências uma grande e comovente poesia.

Ele poderia ser exemplo para todos os que corremos atrás do primeiro lugar, do prêmio máximo, do recorde mundial. Essa tolice de achar que a felicidade está no topo do Everest e em nenhum outro lugar alimenta a máquina de ansiosos em que a nossa sociedade se converteu. Quem fica de olho no máximo perde toda a graça do mínimo, que é onde, afinal, se aloja a felicidade possível. Os pequenos momentos, os detalhes da afetividade, as palavras simples e necessárias, os gestos minúsculos mas imprescindíveis jamais ganharão um prêmio Nobel. E no entanto está nessa aparente pequenez, não tenho dúvida, o que pode dar sentido à nossa vida.

(Agostinho Rubinato, inédito)

Questão:

O texto mostra que há uma íntima conexão entre

Resposta errada
a)

a necessidade de se hierarquizar tudo e a simplicidade da poesia de Manuel Bandeira.

Resposta errada
b)

a disputa entre Machado de Assis e Guimarães Rosa e a falta de sentido do prêmio Nobel.

Resposta correta
c)

a obsessão pelos superlativos e a competitividade do mundo moderno.

Resposta errada
d)

o destemor diante da morte e a procura do sucesso a qualquer preço.

Resposta errada
e)

o prestígio do sucesso máximo e a felicidade advinda do máximo sacrifício.

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