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Comentários / Tribunal de Contas do Estado - TCE - Rio Grande do Norte - Assessor Técnico Jurídico - CESPE - UnB - 2009 - Prova Objetiva


Navegar é preciso, viver

1   Trata-se de uma carta cujo enigma perdura e
    perdurará. Por isso, ela continua sempre atual, continua a nos
    falar hoje sem que nenhum de nós também se julgue seu
4   destinatário privilegiado ou seu decodificador absoluto.
    Estamos nos referindo à famosa Carta de Pero Vaz
    de Caminha dirigida em 1500 a el-rei dom Manuel,
7   anunciando a descoberta de uma nova terra. E se essa carta
    não tivesse chegado ao seu destino, ao seu destinatário, se ela
    tivesse se extraviado, com se diz hoje no linguajar dos
10  correios? Em virtude de naufrágio, seria uma hipótese. Por
    errância sem fim da caravela no caminho de volta à pátria, ou
    seja, por morte dos estafetas, seria outra hipótese. No
13  entanto, a carta chegou ao seu destino. E, ao chegar às
    mãos do rei, no momento mesmo em que o rei de Portugal
    dela toma posse, também toma posse da terra e dos seres
16  humanos por ela descritos pela primeira vez. A carta cria o
    acontecimento da descoberta do Brasil por um país europeu.
    Ela sela de vez o devir ocidental e cristão de uma terra e de
19  seus habitantes, o devir de um futuro estado-nação chamado
    Brasil.
    A Carta de Caminha serve, antes de tudo, para que
22  todos aqueles aos quais ela não se destina reflitam tanto
    sobre palavras e gestos que recobrem o encontro de dois
    bandos que se desconhecem, quanto sobre o sentido do
25  acontecimento histórico na época das descobertas e, mais
    ainda, sobre o papel desempenhado pelos vários atores
    sociais na empreitada heroica.

Silviano Santiago. Navegar é preciso, viver. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo:

Companhia das Letras - Secretaria Municipal de Cultura, 1992, p. 464 (com adaptações).

A partir da argumentação do texto acima, bem como das estruturas linguísticas nele utilizadas, julgue o(s) item(ns):

Questão:

Na linha 3, o uso do modo subjuntivo em "julgue" é exigido pela estrutura sintática em que ocorre; se fosse retirada a conjunção "que" da oração subordinada, o modo empregado deveria ser o infinitivo: julgar.

Resposta correta
Certa.
Resposta errada
Errada.

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