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Comentários / TRT - 15.ª Região - Técnico Judiciário - FCC - Fundação Carlos Chagas - 2009 - Prova Objetiva


Adaptado de O Estado de S. Paulo

Se o estudo recém-divulgado pelo IBGE, em vez de se chamar Síntese de Indicadores Sociais, se chamasse Síntese de Indicadores de Futuro, talvez ajudasse o País a se dar conta do que o espera se o mais crucial desses indicadores no mundo contemporâneo – a educação – continuar a ser, no Brasil, a catástrofe que as pesquisas revelam com desalentadora regularidade. Fala-se em futuro não porque as escabrosas deficiências do ensino já não venham emperrando a modernização nacional e a expansão dos nossos setores econômicos de ponta. Mas sobretudo porque, na era da revolução tecnológica permanente e globalizada, sem a superação acelerada do atraso educacional, a distância entre o País e as "sociedades do conhecimento" só tenderá a aumentar. O resultado previsível será o encolhimento da participação relativa do Brasil no intercâmbio internacional dos bens e serviços de alto valor agregado – o que faz a riqueza das nações neste século XXI. Diga-se desde logo que a educação de massa, no Brasil, já foi pior. Avançou-se enormemente na última década em matéria de universalização do acesso à escola. Do mesmo modo, o desempenho do sistema de ensino melhorou, embora de forma muito desigual. Mas, a exemplo do que ocorre em tantos outros aspectos da realidade do País, também na educação se avança a passos exasperadamente lentos – seja em relação às necessidades da população, seja em relação ao ritmo do progresso nas outras nações com as quais o Brasil deve ser cotejado. Entram governos, saem governos, e o poder público não consegue concentrar, pelo tempo devido, programas prioritários, recursos focalizados e políticas de gestão eficazes ali onde se trava de fato a mais decisiva das batalhas na frente da educação – o ensino fundamental. As consequências estão nos novos números do IBGE. Há 2,4 milhões de crianças analfabetas na faixa dos 7 aos 14 anos, embora a maior parte delas esteja na escola. É o retrato de uma falência para a qual contribuem professores despreparados e sobrecarregados, condições deploráveis de trabalho, a pobreza das famílias e o interesse insuficiente dos pais, eles próprios analfabetos ou quase isso. Outro indicador da crise é a chamada defasagem idadesérie. Os dados melhoraram, mas novamente o ritmo da melhora deixa a desejar. O mesmo raciocínio vale para o nível de escolarização dos brasileiros com 15 anos ou mais. O aumento foi pequeno e ficou em um patamar muito abaixo de países como a Coreia do Sul. Sem falar, ainda, que a evasão no ensino médio é da ordem de 5 milhões de alunos por ano – o que reforça o nexo entre educação de baixíssima qualidade e a escassez de mão de obra qualificada. Em 2007, 30% dos brasileiros de 15 anos em diante eram analfabetos funcionais ou analfabetos totais. É ominoso constatar que um terço da geração que desponta para o mercado de trabalho, por falta de educação básica adequada, não tem condições de ascensão social. São cidadãos que dificilmente sairão do nível de pobreza.

(Adaptado de O Estado de S. Paulo, A3, 27 de setembro de 2008)

Questão:

Fala-se em futuro não porque as escabrosas deficiências do ensino já não venham emperrando a modernização nacional e a expansão dos nossos setores econômicos de ponta. Mas sobretudo porque, na era da revolução tecnológica permanente e globalizada, sem a superação acelerada do atraso educacional, a distância entre o País e as "sociedades do conhecimento" só tenderá a aumentar. (1.º parágrafo)

O segmento acima está corretamente transcrito com outras palavras, sem alteração do sentido original, em: Falase em futuro ...

Resposta errada
a)

já que as terríveis dificuldades do ensino não venham emperrando a modernização nacional nem o aumento dos setores econômicos pontuais, mas sim porque, para superar o atraso educacional, a distância entre o País e as nações conhecidas só irá aumentar.

Resposta errada
b)

não que as maiores deficiências do ensino já não venham dificultando a modernização no País nem a expansão dos setores econômicos de ponta mas, sobretudo porque, na era de uma revolução tecnológica globalizada, sem superar o acelerado atraso educacional, vai aumentar a distância entre o País e as sociedades que a conhecem.

Resposta errada
c)

para que as deficiências do ensino já não venham em descalabro contra a modernização nacional mas sim com a expansão dos setores econômicos de ponta, sobretudo para que, na era da revolução tecnológica contínua e globalizada, sem a superação acelerada do atraso educacional, a distância entre o País e as conhecidas sociedades só tenderão a aumentar.

Resposta correta
d)

porque, além do fato de que as enormes deficiências do ensino prejudicam a modernização nacional e a expansão da economia de ponta, o atraso educacional será responsável por aumentar a distância cada vez maior entre o País e as nações que dominam o conhecimento resultante da contínua e globalizada revolução tecnológica.

Resposta errada
e)

não é porque um ensino com as escabrosas deficiências que já vem emperrando a modernização nacional com a expansão de ponta dos setores econômicos, contudo porque não haverá, na era da revolução tecnológica, sem o acelerado atraso educacional, a distância entre o País e o conhecimento social dos outros.

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