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Informações da Prova Questões por Disciplina Tribunal Regional Federal - 4.ª Região - Analista Judiciário - Administrativa - FCC - Fundação Carlos Chagas - 2010 - Prova Objetiva

Língua Portuguesa

Discórdia em Copenhague

Frustrou-se redondamente quem esperava, na 15.ª Conferência sobre Mudança Climática (COP-15), em Copenhague, um acordo capaz de orquestrar compromissos de países pobres, emergentes e ricos contra os efeitos do aumento da temperatura no planeta. Após duas semanas de muitos debates e negociações, o encontro convocado pelas Nações Unidas teve um final dramático no dia 18 de dezembro de 2009, com chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas mesmo depois do encerramento oficial da conferência. O resultado final foi um documento político genérico, firmado só pelos Estados Unidos, China, Brasil e África do Sul, que prevê metas para cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050, mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios capazes de impedir a elevação da temperatura em mais do que 2 graus Celsius, meta que Copenhague buscava atingir.

Também foi proposta uma ajuda de US$ 30 bilhões aos países pobres, no próximos três anos, embora sem estabelecer parâmetros sobre quem estará apto a receber o dinheiro e quais instrumentos serão usados para distribuí-lo. Faltou-lhe aval dos delegados de países como Sudão, Cuba, Nicarágua, Bolívia e Venezuela, inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais. “O que temos de alcançar no México é tudo o que deveríamos ter alcançado aqui”, disse Yvo de Bôer, secretário-executivo da conferência, remetendo as esperanças para a COP-16, que vai acontecer em 2010, na Cidade do México.

O impasse principal girou em torno de um jogo de empurra sobre as responsabilidades dos países ricos e pobres. As nações desenvolvidas queriam que os países emergentes tivessem metas obrigatórias, o que não foi aceito pela China, país que mais emite carbono na atmosfera, atualmente. Os Estados Unidos, vivendo a maior crise econômica desde 1929, não se dispunham a cumprir sequer metas modestas. Outra questão fundamental na conferência foi o financiamento para políticas de mitigação das emissões para os países pobres. Os países desenvolvidos exigiam que os emergentes ajudassem a financiar os menos desenvolvidos. A tese foi rechaçada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda externa para suas políticas de combate ao aquecimento global.

(Adaptado de Fabrício Marques, Revista Pesquisa Fapesp, no 167)

1 -

A discórdia na Conferência de Copenhague ocorreu, fundamentalmente, por conta:

a)

de desastrosas iniciativas dos chefes de estado que em vão tentaram aparar as arestas da conferência.

b)

de um documento político firmado por poucos países, no qual se previam cortes de emissão de gases estufa.

c)

da exigência de metas obrigatórias, feita aos países emergentes pelas nações desenvolvidas.

d)

da posição dos países emergentes, que queriam incluir os países pobres num plano de cumprimento de metas.

e)

da insatisfação de delegados dos países que se sentiram prejudicados em suas cotas no subsídio de US$ 30 bilhões.

Compreensão e Interpretação de Textos
2 -

Atente para as seguintes afirmações:

I. No 1.º parágrafo, informa-se que o número modesto de signatários do documento final de Copenhague contrastava com a alta ambição das metas pretendidas.

II. No 2.º parágrafo, a declaração de Yvo de Bôer, com uma ponta de otimismo, não expressa qualquer sentimento de frustração com os resultados da COP-15.

III. No 3.º parágrafo, depreende-se que a crise econômica que os Estados Unidos atravessam teve peso na decisão de não se disporem a cumprir sequer as metas mais modestas.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em:

a)

I, II e III.

b)

I e II, apenas.

c)

II e III, apenas.

d)

I e III, apenas.

e)

III, apenas.

Língua Portuguesa
3 -

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

a)

capaz de orquestrar compromissos (1º parágrafo) = hábil na ressonância compromissada.

b)

sem estabelecer parâmetros (2º parágrafo) = à revelia da proposição de metas.

c)

Faltou-lhe aval (2o parágrafo) = Urgiu o beneplácito.

d)

políticas de mitigação (3º parágrafo) = estratégias de arrefecimento.

e)

A tese foi rechaçada (3º parágrafo) = obliterou-se a hipótese.

4 -

No primeiro parágrafo, dois segmentos que remetem a causas da frustração de quem esperava muito da COP-15 são:

a)

capaz de orquestrar compromissos // um documento político genérico.

b)

cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050 // sem estabelecer compromissos obrigatórios.

c)

contra os efeitos do aumento da temperatura // encontro convocado pelas Nações Unidas.

d)

capaz de orquestrar compromissos // cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050.

e)

sem estabelecer compromissos obrigatórios // impedir a elevação da temperatura.

5 -

A informação negativa do segmento chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas deve-se, sobretudo, ao elemento sublinhado.

O mesmo ocorre em:

a)

(...) não se dispunham a cumprir sequer metas modestas.

b)

(...) mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios (...)

c)

(...) inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais.

d)

O resultado final foi um documento político genérico (...)

e)

A tese foi rechaçada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda (...)

6 -

Ao se reconstruir uma frase do texto, houve deslize quanto à concordância verbal em:

a)

Se todos esperávamos um bom acordo na COP-15, frustrou-nos o que dela acabou resultando.

b)

Acabou culminando num final dramático, naquele 18 de dezembro de 2009, o período de duas semanas de acaloradas discussões.

c)

Às nações pobres propôs-se uma ajuda de US$ 30 bilhões, medida a que não deu aval nenhum dos países insatisfeitos com as conversas finais.

d)

Deveram-se às manobras de desconversas, na definição das tarefas dos países, o impasse final das negociações entabuladas em Copenhague.

e)

Sequer foi possível, na COP-15, estabelecer um financiamento para os países pobres a quem coubesse adotar políticas de mitigação das emissões.

7 -

"O que temos de alcançar no México é tudo o que deveríamos ter alcançado aqui."

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, as formas sublinhadas devem ser substituídas, na ordem dada, por:

a)

tem de ser alcançado - deveria ter sido alcançado.

b)

será alcançado - devia ser alcançado.

c)

tinha de ser alcançado - deveria ser alcançado.

d)

tem de alcançar-se - deverá alcançar-se.

e)

teremos alcançado - devia ser alcançado.

8 -

Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

a)

Se alguém esperava um bom acordo na COP-15, frustrar-se-ia redondamente.

b)

Não houve acordo capaz de orquestrar os interesses de que nenhum dos países abrisse mão.

c)

Somente alguns países chegariam a firmar um acordo, pelo qual se previra os cortes de emissão que deveram ser efetuados.

d)

Caso não se estabelecerem parâmetros para a ajuda de US$ 30 bilhões, essa iniciativa sequer terá recebido o aval da maioria dos países.

e)

A exigência de metas obrigatórias, que as nações desenvolvidas impuseram às emergentes, terá sido uma das razões da discórdia.

9 -

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

a)

Quando se dedicam às questões ambientais, costuma imperar-se a regra egoísta dos interesses privados, ao passo que se deveria de contemplar os interesses públicos.

b)

É bem possível de que ainda venham a haver muitas conferências como a da COP-15, sem que os resultados que se espera sejam minimamente satisfatórios para o bem comum.

c)

A maior parte das conferências dedicadas às questões do meio ambiente têm sido frustradas, quase sempre, pela falta de desprendimento de muitas nações, sobretudo as desenvolvidas.

d)

Tem-se notado os interesses que movem as nações mais desenvolvidas, em função dos quais ficam difíceis de firmar-se quaisquer acordos quanto a um meio ambiente melhor controlado.

e)

Como já está tornando rotina, mais uma vez as nações não chegaram a um acordo, sobre as pungentes questões ambientais, tanto assim que nenhuma delas abre mão de seus interesses particulares.

10 -

Houve muitas discussões sobre medidas para se minimizar o aquecimento global, já que todos consideram o aquecimento global uma questão crucial para a humanidade, embora poucos tomem medidas concretas para reduzir o aquecimento global, não havendo sequer consenso quanto às verbas necessárias para mitigar os efeitos do aquecimento global.

Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a)

lhe consideram - reduzi-lo - mitigá-los aos efeitos .

b)

o consideram - reduzi-lo - mitigar-lhe os efeitos .

c)

consideram-no - reduzir-lhe - mitigar-lhes os efeitos .

d)

o consideram - reduzir-lhe - mitigar-lhe os efeitos.

e)

consideram-lhe - o reduzir - mitigar-lhe seus efeitos.

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