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Informações da Prova Questões por Disciplina SEAD-AP (Secretaria de Estado de Administração do Amapá) - Analista Jurídico - FCC (Fundação Carlos Chagas) - 2018

Língua Portuguesa

Texto I

1 -

No primeiro parágrafo, ao falar sobre escritores, o autor considera a distinção que há entre aqueles que

a) perseveram sem sucesso em seu ofício e os que se impõem ao seu público valendo-se da generosidade deste.
b) triunfam pela audácia, mesmo quando sem talento, e os que atingem sucesso relativo na continuidade teimosa de seu trabalho.
c) fazem sucesso em meio aos seus pares e os que, por obra do talento maior, conquistam logo o acolhimento de um grande público.
d) são reconhecidos por força de qualidades inatas e os que, como é o seu caso, se impõem pela força de um irresistível talento.
e) impõem a todos, audaciosamente, seu talento natural e os que se afirmam entre seus pares porque perseveram em seu ofício.
2 -

No segmento no plano superficial da vontade, não das forças mais profundas da personalidade, no contexto do 2° parágrafo, fica estabelecida uma oposição entre

a) a exterioridade dos desejos aparentes e a consistência das motivações mais pessoais.
b) a fragilidade dos desejos mais pessoais e os impulsos que nos chamam da vida exterior.
c) a ilusão dos desejos dados como profundos e a força do que o destino já planejou para cada um.
d) os bloqueios da nossa personalidade profunda e a forma pela qual os desejos se mostram superficiais.
e) a força imperiosa dos desejos manifestos e o pouco controle que sobre eles tem a personalidade oculta.
3 -

No terceiro parágrafo, confessa o autor que sua atividade como crítico de teatro

a) deveu-se sobretudo à força insuspeita de uma vocação autêntica que ele sempre reprimira.
b) manifestou-se por uma circunstância fortuita, mas acabou por se estabelecer de modo definitivo.
c) acabou por substituir sua vocação real, que ele exercitou temporariamente no magistério.
d) foi motivada principalmente pela situação humilhante em que se encontrava o teatro nacional.
e) nasceu por iniciativa de terceiros, que o convocaram para sanar os equívocos do teatro brasileiro.
4 -

É clara, coesa e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

a) Desde sua meninice confiava o autor de que seria um poeta, se bem que depois o pai o inspirara a ser médico, quando ele talvez se dispusesse a unir as vocações.
b) Ensinando filosofia, a despeito de não tirar proveito de Kant e Aristóteles, cujas obras ensinava, nem por isso excluiu-se no autor o prazer com que lhes aquiescia.
c) Sem falsa modéstia, o autor não hesita em reconhecer que contribuiu para a tarefa de situar com maior dignidade o teatro brasileiro em nosso cenário cultural.
d) Lembra-nos o texto que muitas vezes a gente é levado para realizarmos desejos ocultos, sem ignorar que os realiza, em vez daqueles que nos parecem claros.
e) Os intelectuais detêm uma forma de reconhecer a vocação cultural alheia cujos critérios são bastante diversos dos que lhes promove o público em geral.
5 -

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado em:

a)

Não (faltar) ao autor, a despeito de suas vocações aparentes, bastante ânimo para reerguer o prestígio do teatro nacional.

b)

Quando a alguém não (ocorrer) atender seus impulsos primeiros, é possível que venha a atender sua vocação essencial.

c)

Diante das condições que (atravessar), naqueles anos, o teatro nacional, não hesitou o autor em buscar redimi-lo.

d)

Seria preciso que o (recomendar) amigos para a função de crítico teatral para que o autor efetivamente se consagrasse nesse trabalho.

e)

Aos alunos de colégio (brindar) o professor com suas aulas sobre Kant e Aristóteles, de modo modesto, segundo ele mesmo confessa.

Texto II

6 -

Em relação ao que se costuma entender por liberalismo, o autor acredita que

a) o objetivo de uma realização coletiva só é alcançado quando já se garantiu plenamente o direito de uma realização pessoal.
b) é equivocada a ideia de que a busca espontânea de satisfazer os interesses individuais redunda em benefício para todos.
c) essa corrente de pensamento não obteve êxito por não convencer as pessoas de que o interesse privado é também um ideal público.
d) os adeptos dessa tendência filosófica moderna interessam-se em promover uma tarefa de caráter social que a política não toma para si.
e) somente pela imposição dessas novas ideias liberais a cada cidadão é que as políticas coletivistas podem obter algum sucesso.
7 -

Na conversa que manteve com o motorista do táxi, o autor firmou uma posição pessoal, representada no segmento

a) nenhum malandro seria tolo a ponto de perseguir seu interesse particular de maneira excessiva (1° parágrafo).
b) isso comprometeria o bem-estar dos outros (1° parágrafo).
c) Falamos de perspectivas políticas (3° parágrafo).
d) não fossem os ladrões, o país avançaria e resolveríamos todos os nossos problemas (3° parágrafo).
e) não adianta esperar que algo volte se a gente não paga (3° parágrafo).
8 -

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:

a) promoveu uma ideia curiosa (1° parágrafo) = dispersou um pressuposto bizarro.
b) perseguir seu interesse particular (1° parágrafo) = ir de encontro ao motivo pessoal.
c) indignado com a corrupção (3° parágrafo) = infenso às falcatruas.
d) Alego que não adianta esperar (3° parágrafo) = Argumento que é inócuo aguardar.
e) algo volte se a gente não paga (3° parágrafo) = retorne o que não se ressarciu.
9 -

Não paro de encontrar pessoas convencidas de que, cuidando só de seus interesses, elas, no mínimo, não fazem mal a ninguém.

A frase acima ganha uma nova, coerente e correta redação no seguinte caso: Não paro de encontrar pessoas

a) certas de que, preservando apenas o que lhes interessa, elas, pelo menos, não trazem prejuízo a ninguém.
b) inteiradas de que ao tratar só dos seus interesses, não se esperem delas nem mesmo que possam prejudicar alguém.
c) convictas quanto ao fato de que, por cuidarem delas exclusivamente, não impliquem no mal de quaisquer outros.
d) em cujas certezas está que, pelo fato de preservar seus próprios interesses, não acarretam de qualquer malefício a outrem.
e) presumidas da certeza segundo a qual nenhum mal efeito é proporcionado por quem se restringe às suas próprias necessidades.
10 -

Há ocorrência de forma verbal na voz passiva e pleno atendimento às normas de concordância na frase:

a) Costuma ocorrer com frequência, conforme a argumentação do autor do texto, distorções graves quanto ao que se entende por liberalismo.
b) Não é dado a ninguém presumir que seus interesses pessoais, em todos os casos, haja de coincidir com os de seus semelhantes.
c) Por que razão esperar que sejamos aquinhoados de um conjunto de benefícios que nada fizemos por merecer?
d) Os impostos de renda dos sonegadores não poderão reverter em investimentos capazes de gerar benefícios públicos.
e) O motorista de táxi acabou por fornecer ao autor argumentos que o deixou convencido da justeza de sua teoria sobre os liberais de ocasião.

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