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Informações da Prova Questões por Disciplina Tribunal de Contas do Estado - TCE - São Paulo - Auxiliar da Fiscalização Financeira II - FCC - Fundação Carlos Chagas - 2012 - Prova Objetiva

Interpretação de Textos

A português

Quando se tem em conta que 50% do território nacional é ocupado pelo bioma Amazônia e que 60% do potencial elétrico do
país ainda por aproveitar se localiza nessa área, pode-se intuir as dificuldades que enfrenta a expansão da hidreletricidade no Brasil.
De fato, a Amazônia é, de um lado, um bioma reconhecidamente sensível e de elevado interesse ambiental. De outro, constitui a
fronteira hidrelétrica, ainda que nem todo o potencial lá existente venha a ser desenvolvido.
         As questões que se contrapõem são basicamente duas: 1) Pode o país abrir mão de preservar a Amazônia, de cuidar
soberanamente das suas fragilidades e de toda a riqueza de sua biodiversidade, e de deixar um legado de interesse para toda a
humanidade?; 2) Pode o país abrir mão de uma vantagem competitiva relevante representada pela hidreletricidade, sendo esta uma
opção energética limpa, renovável, barata e de elevado conteúdo nacional, o que significa baixa emissão de carbono, geração de
empregos e dinamismo econômico doméstico?
         Sem dúvida, não podemos abrir mão de nenhum dos dois objetivos. Análise rasa baseada em uma ótica ultrapassada, na qual
projetos hidrelétricos provocam necessariamente impactos ambientais irrecuperáveis e não compensáveis, sugere que esse duplo
objetivo é inatingível. Mas isso não tem de ser assim. Projetos hidrelétricos, quando instalados em áreas habitadas, podem constituirse
em vetores do desenvolvimento regional. Quando instalados em áreas não habitadas podem constituir-se em vetores de
preservação dos ambientes naturais.
         Por óbvio, qualquer projeto hidrelétrico deve cuidar para que os impactos ambientais sejam mitigados e compensados.
Conciliar as duas questões básicas é possível. Demanda inovação, novas soluções construtivas, esquemas operativos diferenciados,
identificação de áreas a serem preservadas, responsabilização dos atores envolvidos, vontade política e ampla discussão da
sociedade - são esforços que podem ser feitos na direção de conciliar os imperativos de se preservar a Amazônia e desenvolver seu
potencial elétrico.
         Por fim, não é demais lembrar que renunciar a esse potencial significa decidir que a expansão do consumo de energia dos
brasileiros será atendida por outras fontes, não necessariamente mais competitivas ou de menor impacto ambiental.

(Maurício Tolmasquim. CartaCapital, 7 de setembro de 2011. p.61, com adaptações)

1 -

Percebe-se no texto

a)

concordância com a noção de que é necessário encontrar novas fontes energéticas na Amazônia, além das hidrelétricas, para atender à expansão do consumo.

b)

crítica a uma corrente que desconsidera a preservação do ambiente natural, o que, por sua vez, deveria tornar-se meta prioritária, apesar da necessária geração de energia elétrica.

c)

defesa da construção de hidrelétricas na região amazônica, desde que sejam feitos estudos e tomadas medidas adequadas de preservação ambiental.

d)

preocupação em torno da eventual instalação de usinas hidrelétricas na região amazônica, que poderão comprometer a riqueza de sua biodiversidade.

e)

proposta de importantes medidas de preservação ambiental na Amazônia, com a substituição das hidrelétricas por outras fontes energéticas.

Pronomes: Emprego, Formas de Tratamento e Colocação
2 -

Mas isso não tem de ser assim. (3.º parágrafo)

O pronome grifado acima refere-se, considerado o contexto,

a)

às dificuldades que impedem a expansão da hidreletricidade no Brasil.

b)

aos múltiplos interesses contrários à manutenção da biodiversidade da região amazônica.

c)

aos vetores de desenvolvimento regional, com geração de empregos.

d)

à impossibilidade de aliar construção de hidrelétricas e preservação da Amazônia.

e)

a uma possível preferência por fontes alternativas de geração de eletricidade.

Interpretação de Textos
3 -

O sentido do último parágrafo se contrapõe, em linhas gerais, ao que foi afirmado em:

a)

... 60% do potencial elétrico do país ainda por aproveitar se localiza nessa área ...

b)

... constitui a fronteira hidrelétrica, ainda que nem todo o potencial lá existente venha a ser desenvolvido.

c)

... sendo esta uma opção energética limpa, renovável, barata e de elevado conteúdo nacional ...

d)

... projetos hidrelétricos provocam necessariamente impactos ambientais irrecuperáveis e não compensáveis ...

e)

... qualquer projeto hidrelétrico deve cuidar para que os impactos ambientais sejam mitigados e compensados.

Flexão Nominal e Verbal
4 -

... deve cuidar para que os impactos ambientais sejam mitigados e compensados.

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em:

a)

Quando se tem em conta ...

b)

... ainda que nem todo o potencial lá existente venha a ser desenvolvido.

c)

As questões que se contrapõem ...

d)

... não podemos abrir mão de nenhum dos dois objetivos.

e)

... que podem ser feitos na direção de ...

Reescritura de texto
5 -

... que a expansão do consumo de energia dos brasileiros será atendida por outras fontes ...

Transposta para a voz ativa, a forma verbal grifada acima passará a ser:

a)

atenderão.

b)

atenderiam.

c)

se atendesse.

d)

serão atendidas.

e)

deverá ser atendida.

Compreensão e Interpretação de Textos
6 -

Esforços devem ser feitos no sentido de preservar a região Amazônica.

O potencial elétrico da Amazônia deve ser desenvolvido.

Áreas devem ser oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais, por exemplo.

É preciso conciliar os objetivos que se contrapõem à exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia.

As frases acima articulam-se em um único período, com clareza, correção e lógica, em:

a)

Ainda que esforços devem ser feitos no sentido de preservar a região Amazônica e o seu potencial elétrico desenvolvido, com áreas que devem ser oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais, assim se concilia os objetivos que se contrapõem à exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia.

b)

O potencial elétrico da Amazônia deve ser desenvolvido, e com esforços no sentido de preservar a região Amazônica, sendo preciso conciliar os objetivos que se contrapõem à essa exploração, em áreas que devem ser oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais.

c)

Para conciliar os objetivos que se contrapõem a exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia, deve ser feito esforços no sentido de preservar a região Amazônica, com áreas de compensação aos efeitos dos impactos ambientais, onde esse potencial elétrico deve ser desenvolvido.

d)

O potencial elétrico da região Amazônica, que deve ser desenvolvido com áreas oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais, e com esforços no sentido de preservar essa região, sendo preciso conciliar os objetivos que se contrapõem a exploração do potencial hidrelétrico.

e)

É preciso conciliar os objetivos que se contrapõem à exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia, que deve ser desenvolvido, ao lado de esforços no sentido de preservar a região, como, por exemplo, a oferta de áreas que possam compensar os efeitos dos impactos ambientais.

Interpretação de Textos

B Potuguês

          Tememos o acaso. Ele irrompe de forma inesperada e imprevisível em nossa vida, expondo nossa impotência contra forças
desconhecidas que anulam tudo aquilo que trabalhosamente penamos para organizar e construir. Seu caráter aleatório e gratuito
rompe com as leis de causa e efeito com as quais procuramos lidar com a realidade, deixando-nos desarmados e atônitos frente à
emergência de algo que está além de nossa compreensão, que evidencia uma desordem contra a qual não temos recursos. O acaso
deixa à mostra a assustadora falta de sentido que jaz no fundo das coisas e que tentamos camuflar, revestindo-a com nossas
certezas e objetivos, com nossa apreensão lógica do mundo.
         Procuramos estratégias para lidar com essa dimensão da realidade que nos inquieta e desestabiliza. Alguns, sem negar sua
existência, planejam suas vidas, torcendo para que ela não interfira de forma excessiva em seus projetos. Outros, mais infantis e
supersticiosos, tentam esconjurá-la, usando fórmulas mágicas. Os mais religiosos simplesmente não acreditam no acaso, pois creem
que tudo o que acontece em suas vidas decorre diretamente da vontade de um deus. Aquilo que alguns considerariam como a
manifestação do acaso, para eles são provações que esse deus lhes envia para testar-lhes sua fé e obediência.
         São defesas necessárias para continuarmos a viver. Se a ideia de que estamos à mercê de acontecimentos incontroláveis que
podem transformar nossas vidas de modo radical e irreversível estivesse permanentemente presente em nossas mentes, o terror nos
paralisaria e nada mais faríamos a não ser pensar na iminência das catástrofes possíveis.
         Entretanto, tem um tipo de homem que age de forma diversa. Ao invés de fugir do acaso, ele o convoca constantemente. É o
viciado em jogos de azar. O jogador invoca e provoca o acaso, desafiando-o em suas apostas, numa tentativa de dominá-lo, de curvá-lo,
de vencê-lo. E também de aprisioná-lo. É como se, paradoxalmente, o jogador temesse tanto a presença do acaso nos demais
recantos da vida, que pretendesse prendê-lo, restringi-lo, confiná-lo à cena do jogo, acreditando que dessa forma o controla e anula
seu poder.

(Trecho de artigo de Sérgio Telles. O Estado de S. Paulo, 26 de novembro de 2011, D12, C2+música)

7 -

O 1.º parágrafo do texto salienta a

a)

importância da racionalidade como diretriz para as ações humanas.

b)

fragilidade do ser humano diante das contingências fortuitas da vida.

c)

irracionalidade com que muitas pessoas procuram viver seu dia a dia.

d)

incompreensão geral em relação aos fatos mais comuns da vida humana.

e)

supremacia de atitudes lógicas diante de certos acontecimentos cotidianos.

8 -

O comportamento paradoxal do jogador, referido no último parágrafo, está no fato de

a)

ser ele um tipo de pessoa que age de modo inesperado diante do acaso.

b)

conviver com jogos de azar, mas desconsiderar todas as implicações trazidas pelo acaso.

c)

ser dominado pela expectativa de bons resultados advindos dos jogos de azar.

d)

temer excessivamente o acaso, porém buscar continuamente o convívio com sua imprevisibilidade.

e)

desafiar constantemente as surpresas do acaso, sem se dar conta de que se trata de um vício.

Compreensão e Interpretação de Textos
9 -

São defesas necessárias para continuarmos a viver. (3.º parágrafo)

A palavra grifada acima retoma o sentido do que consta em:

a)

... forças desconhecidas que anulam tudo aquilo ...

b)

... as leis de causa e efeito ...

c)

... estratégias para lidar com essa dimensão da realidade ...

d)

... provações que esse deus lhes envia ...

e)

... nossas certezas e objetivos ...

10 -

... rompe com as leis de causa e efeito com as quais procuramos lidar com a realidade ... (1.º parágrafo)

Há relação de causa e efeito no desenvolvimento do texto entre as situações que aparecem em:

a)

a inquietação decorrente da possibilidade de surgirem situações inesperadas e o planejamento racional das atividades diárias, levado a efeito por certas pessoas. (2.º parágrafo)

b)

a presença inesperada do acaso em nossas vidas e a objetividade que deve levar à compreensão de sua ocorrência. (1.º parágrafo)

c)

a constatação da ocorrência usual de fatos aleatórios e a exposição das pessoas a essas forças desconhecidas. (1.º parágrafo)

d)

a percepção da falta de sentido das coisas e a tentativa de entender o mundo de maneira lógica e objetiva. (1.º parágrafo)

e)

o medo de acontecimentos imprevistos na vida cotidiana e a constatação de que grandes catástrofes sempre podem ocorrer. (3.º parágrafo)

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