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Informações da Prova Questões por Disciplina TRT - 9.ª Região - Analista Judiciário - Judiciária - FCC - Fundação Carlos Chagas - 2013 - Prova Objetiva

Compreensão e Interpretação de Textos

A Era das Revoluções

O mito napoleônico baseia-se menos nos méritos de Napoleão do que nos fatos, então sem paralelo, de sua carreira. Os homens que se tornaram conhecidos por terem abalado o mundo de forma decisiva no passado tinham começado como reis, como Alexandre, ou patrícios, como Júlio César, mas Napoleão foi o “pequeno cabo” que galgou ao comando de um continente pelo seu puro talento pessoal. Todo homem de negócios daí em diante tinha um nome para sua ambição: ser − os próprios clichês o denunciam − um “Napoleão das finanças” ou “da indústria”. Todos os homens comuns ficavam excitados pela visão, então sem paralelo, de um homem comum maior do que aqueles que tinham nascido para usar coroas. Em síntese, foi a figura com que todo homem que partisse os laços com a tradição podia se identificar em seus sonhos.

Para os franceses ele foi também algo bem mais simples: o mais bem-sucedido governante de sua longa história. Triunfou gloriosamente no exterior, mas, em termos nacionais, também estabeleceu ou restabeleceu o mecanismo das instituições francesas como existem hoje. Ele trouxe estabilidade e prosperidade a todos, exceto para os 250 mil franceses que não retornaram de suas guerras, embora até mesmo para os parentes deles tivesse trazido a glória. Sem dúvida, os britânicos se viam como lutadores pela causa da liberdade contra a tirania; mas em 1815 a maioria dos ingleses era mais pobre do que o fora em 1800, enquanto a maioria dos franceses era quase certamente mais rica.

Ele destruíra apenas uma coisa: a Revolução de 1789, o sonho de igualdade, liberdade e fraternidade, do povo se erguendo na sua grandiosidade para derrubar a opressão. Este foi um mito mais poderoso do que o dele, pois, após a sua queda, foi isto e não a sua memória que inspirou as revoluções do século XIX, inclusive em seu próprio país.

(Adaptado de Eric. J. Hobsbawm. A era das revoluções − 1789-1848. 7.ª ed. Trad. de Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos Penchel. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989, p.93-4)

1 -

Segundo o autor,

a)

os méritos pessoais de Napoleão nada têm a ver com o mito que se criou em torno de sua figura, surgido apenas de sua trajetória casualmente vitoriosa.

b)

a figura de Napoleão passou a exercer forte apelo no campo do imaginário, servindo de modelo de inaudita superação da condição social.

c)

os franceses descartam assumir Napoleão como modelo, buscando valorizar tão somente a sua participação na revolução de 1789.

d)

os parentes dos milhares de franceses mortos nas guerras napoleônicas relevaram a perda dos familiares em função da grande prosperidade trazida por Napoleão.

e)

a Revolução de 1789 foi um mito menos relevante do que o de Napoleão, pois as obras deste permanecem vivas e aquela não teria sido mais que um sonho.

2 -

Considerando-se o contexto, o segmento cujo sentido está adequadamente expresso em outras palavras é:

a)

o mecanismo das instituições francesas = a articulação dos institutos galeses

b)

partisse os laços com a tradição = quebrasse o condão sagrado

c)

galgou ao comando de um continente = sobrelevou o ordenamento europeu

d)

pela causa da liberdade contra a tirania = pelo motivo da insubmissão versus rigorismo

e)

os próprios clichês o denunciam = os próprios lugares-comuns o evidenciam

3 -

Ele trouxe estabilidade e prosperidade a todos, exceto para os 250 mil franceses que não retornaram de suas guerras, embora até mesmo para os parentes deles tivesse trazido a glória.

Sem prejuízo para o sentido e a correção, os elementos em destaque na frase acima podem ser substituídos, respectivamente, por:

a)

afora   −   contanto que

b)

se não   −   apesar de

c)

a não ser   −   conquanto

d)

aparte   −   não obstante

e)

à exceção   −   porém

Língua Portuguesa
4 -

Sem dúvida, os britânicos se viam como lutadores pela causa da liberdade contra a tirania ...

O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está em:

a)

... os próprios clichês o denunciam ...

b)

Todos os homens comuns ficavam excitados pela visão ...

c)

O mito napoleônico baseia-se menos nos méritos de Napoleão ...

d)

... exceto para os 250 mil franceses que não retornaram de suas guerras ...

e)

Ele destruíra apenas um coisa ...

Pronomes
5 -

... tinham nascido para usar coroas.

Ele trouxe estabilidade e prosperidade a todos ...

... que inspirou as revoluções do século XIX ...

A substituição dos elementos sublinhados pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, tem como resultado correto, na ordem dada:

a)

tinham nascido para as usar   −   Ele trouxe-os estabilidade e prosperidade   −   que as inspirou

b)

tinham nascido para as usar   −   Ele lhes trouxe estabilidade e prosperidade   −   que lhes inspirou

c)

tinham nascido para lhes usar   −   Ele trouxe-os estabilidade e prosperidade   −   que inspirou-as

d)

tinham nascido para usá-las   −   Ele lhes trouxe estabilidade e prosperidade   −   que as inspirou

e)

tinham nascido para usá-las   −   Ele os trouxe estabilidade e prosperidade   −   que lhes inspirou

Pontuação
6 -

Atente para as seguintes afirmações sobre a pontuação empregada no texto.

I. Os homens que se tornaram conhecidos por terem abalado o mundo de forma decisiva no passado tinham começado como reis, como Alexandre, ou patrícios, como Júlio César ... (1.º parágrafo) O segmento em destaque poderia ser isolado por vírgulas, sem prejuízo para o sentido e a correção.

II. Para os franceses ele foi também algo bem mais simples: o mais bem-sucedido governante de sua longa história. (2.º parágrafo)

Uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois do termo franceses, sem prejuízo para a correção e a lógica.

III. Ele destruíra apenas uma coisa: a Revolução de 1789, o sonho de igualdade, liberdade e fraternidade, do povo se erguendo na sua grandiosidade para derrubar a opressão. (3.º parágrafo)

Os dois-pontos introduzem no contexto um segmento explicativo.

Está correto o que se afirma em

a)

II e III, apenas.

b)

I e II, apenas.

c)

I, apenas.

d)

I, II e III.

e)

III, apenas.

Reescritura de texto
7 -

Todos os homens comuns ficavam excitados pela visão [...] de um homem comum maior do que aqueles que tinham nascido para usar coroas.

Uma nova redação para a frase acima, em que se preservam a correção e a clareza, está em:

a)

À medida em que via um homem comum maior do que aqueles nascidos para usar coroas, todo homem comum ficava excitado com a visão que tivesse.

b)

Os homens comuns, quando viam que um homem comum como eles era maior do que os nascidos para usar coroas, não tendo como não ficar excitados.

c) Ver os homens comuns que um homem também comum era maior do que os nascidos para usar coroas eram o que os deixavam excitados.
d)

A visão de um homem comum maior do que aqueles nascidos para usar coroas, deixavam excitados todos os homens que eram tão comuns como ele.

e)

Não havia homem comum que não ficasse excitado pela visão de um homem também comum que se tornara maior do que os nascidos para usar coroas.

Concordância Nominal e Verbal
8 -

A frase em que todos os verbos estão corretamente flexionados é:

a)

Quando se pensa na história universal, nada parece tão disseminado no imaginário popular, sobretudo no ocidente, do que as imagens que adviram da Revolução Francesa de 1789.

b)

Quem se dispor a ler a obra seminal de Hobsbawm sobre as revoluções do final do século XVIII à primeira metade do XIX jamais protestará contra o tempo gasto e o esforço despendido.

c)

As reflexões sobre a Revolução Francesa de 1789 requerem muito cuidado para que não se perca de vista a complexidade que as afirmações categóricas tendem a desconsiderar.

d)

Os revolucionários de 1789 talvez não prevessem, ou sequer imaginassem, o impacto que o movimento iniciado na França teria na história de praticamente toda a humanidade.

e)

Se as pessoas não se desfazerem da imagem que cultivam de Napoleão, nunca deixarão de acreditar que o talento pessoal é o principal ou mesmo a único requisito para a obtenção do sucesso.

Compreensão e Interpretação de Textos

Brasil: uma história

Em outubro de 1967, quando Gilberto Gil e Caetano Veloso apresentaram as canções Domingo no parque e Alegria, Alegria, no Festival da TV Record, logo houve quem percebesse que as duas canções eram influenciadas pela narrativa cinematográfica: repletas de cortes, justaposições e flashbacks. Tal suposição seria confirmada pelo próprio Caetano quando declarou que fora “mais influenciado por Godard e Glauber do que pelos Beatles ou Dylan”. Em 1967, no Brasil, o cinema era o que havia de mais intenso e revolucionário, superando o próprio teatro, cuja inquietação tinha incentivado os cineastas a iniciar o movimento que ficou conhecido como Cinema Novo.

O Cinema Novo nasceu na virada da década de 1950 para a de 1960, sobre as cinzas dos estúdios Vera Cruz (empresa paulista que faliu em 1957 depois de produzir dezoito filmes). “Nossa geração sabe o que quer”, dizia o baiano Glauber Rocha já em 1963. Inspirado por Rio 40 graus e por Vidas secas, que Nelson Pereira dos Santos lançara em 1954 e 1963, Glauber Rocha transformaria, com Deus e o diabo na terra do sol, a história do cinema no Brasil. Dois anos depois, o cineasta lançou Terra em Transe, que talvez tenha marcado o auge do Cinema Novo, além de ter sido uma das fontes de inspiração do Tropicalismo.

A ponte entre Cinema Novo e Tropicalismo ficaria mais evidente com o lançamento, em 1969, de Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade. Ao fazer o filme, Joaquim Pedro esforçou-se por torná-lo um produto afinado com a cultura de massa. “A proposição de consumo de massa no Brasil é algo novo. A grande audiência de TV entre nós é um fenômeno novo. É uma posição avançada para o cineasta tentar ocupar um lugar dentro dessa situação”, disse ele.

Incapaz de satisfazer plenamente as exigências do mercado, o Cinema Novo deu os seus últimos suspiros em fins da década de 1970 − período que marcou o auge das potencialidades comerciais do cinema feito no Brasil.

(Adaptado de Eduardo Bueno. Brasil: uma história. Ed. Leya, 2010. p. 408)

9 -

Depreende-se corretamente do texto:

a)

O Tropicalismo, movimento liderado por dissidentes do Cinema Novo, se desenvolveu concomitantemente à decadência do teatro nacional.

b)

A estética do Cinema Novo, que marcou época no Brasil, contribuiu para que surgisse, na cena musical, o movimento conhecido como Tropicalismo.

c)

Embora o Cinema Novo não tenha conseguido atingir suas metas comerciais, a qualidade estética de suas obras era superior à das obras produzidas pelo cinema comercial.

d)

A ampliação da televisão no Brasil, cuja audiência foi sempre maior do que a do cinema, teve papel determinante na derrocada do Cinema Novo.

e)

Como seus integrantes estavam comprometidos com os problemas sociais e políticos do país, o Cinema Novo suscitou polêmicas que levaram à volta da censura.

Vozes do Verbo
10 -

Em outubro de 1967, quando Gilberto Gil e Caetano Veloso apresentaram as canções Domingo no parque e Alegria, Alegria, no Festival da TV Record, logo houve quem percebesse que as duas canções eram influenciadas pela narrativa cinematográfica ...

Transpondo-se a primeira das frases grifadas acima para a voz passiva e a segunda para a voz ativa, as formas verbais resultantes serão, respectivamente:

a)

são apresentadas   −   influenciou

b)

se apresentaram   −   influencia

c)

foi apresentado   −   se influenciaram

d)

eram apresentadas   −   influenciou

e)

foram apresentadas   −   influenciava

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