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Informações da Prova Questões por Disciplina TRT - 1.ª Região - Técnico Judiciário - Administrativa - Segurança Judiciária - FCC - Fundação Carlos Chagas - 2011 - Prova Objetiva

Interpretação de Textos

Caetano Veloso

Caetano Veloso vem se tornando, cada vez mais, uma espécie de guru da nova geração da música brasileira. Mas ele não é um guru tradicional, daqueles que inspiram e pontificam. Ao contrário: sua relação com os jovens é de diálogo. Mais que ensinar e aprender, ele troca influências. Fecunda a nova geração e, ao mesmo tempo, se alimenta. Não é de hoje que Caetano é um artista antenado.

De tempos em tempos, Caetano lança um álbum revolucionário, em que incorpora o que há de mais moderno na música de sua época. Foi assim com Tropicália, de 1969, Transa, de 1972, e Estrangeiro, de 1989. Depois, o artista lançou vários álbuns em que atuava apenas como intérprete ou compunha de acordo com o estilo que o consagrou. O retorno triunfal ao mundo das reviravoltas musicais foi justamente com o álbum Cê, de 2006, sua mais recente revolução, e que é justamente o marco inicial da fase que Caetano vive hoje.

Entrevistador: Você transmite a sensação de ter um espírito jovem. Renova-se a todo instante, é curioso. Você sente uma necessidade visceral de mudanças?

Caetano: Não sinto isso como uma necessidade programática. Eu faço por costume. Tem uma frase do intelectual Rogério Duarte que me resume bem: "Gosto do que acontece." Os valores críticos que você desenvolve são muito provisórios e estão desarmados diante do frescor da realidade. Desse sentimento, nasceu o tropicalismo. Para todo mundo da minha geração, gostar do Roberto Carlos e do Erasmo Carlos era um anátema. Você não podia nem remotamente aprovar o que se passava na Jovem Guarda. De repente, ao abrir mão do preconceito, nos permitimos ver o que havia naquele cenário e aquilo nos interessou. Gostávamos do que acontecia − e ainda gosto.

(Adaptado de Bárbara Heckler, Bravo!, fevereiro de 2011, p.26 e p.33)

1 -

É correto afirmar:

a)

A comparação com músicos que representam movimentos anteriores permite comprovar a afirmativa de que a relação de Caetano com os jovens é de diálogo, atualmente.

b)

O fato de gostar do Roberto Carlos e do Erasmo Carlos é interpretado por Caetano como aceitação preferencial de composições mais tradicionais, que representam a verdadeira música popular brasileira.

c)

A frase Gosto do que acontece, retomada por Caetano, sintetiza o que é dito a respeito de sua atuação desde que despontou na música brasileira até o momento atual.

d)

A incorporação do que há de mais moderno na música de sua época denota certa posição preconceituosa de Caetano contra músicos mais velhos, ainda atuantes no cenário musical brasileiro.

e)

A nova fase musical de Caetano Veloso, de aproximação com músicos mais jovens, parece colocá-lo muito distante do estilo que o consagrou, durante toda sua vida artística.

2 -

Considerando-se os dois parágrafos iniciais, está INCORRETO o que consta em:

a)

Os álbuns em que Caetano atua apenas como intérprete são de qualidade inferior em relação aos álbuns de estilo revolucionário lançados por ele.

b)

O texto se desenvolve como um comentário informativo e avaliativo a respeito da trajetória musical de Caetano Veloso e de sua atuação junto aos novos artistas.

c)

Caetano Veloso, ainda que pertença a uma geração de músicos mais velhos, compartilha tendências e novas influências com aqueles mais jovens.

d)

O álbum , de Caetano Veloso, assinala uma nova etapa na vida artística desse compositor e intérprete da música popular brasileira.

e)

A relação de Caetano Veloso com os jovens músicos é pautada por respeito mútuo, com descobertas e estímulos recíprocos.

3 -

Em resposta à questão colocada pelo entrevistador, Caetano:

a)

aponta as razões por que ele, de tempos em tempos, [...] lança um álbum revolucionário, ou seja, para atender a um ritmo constante de produção artística.

b)

se coloca enfaticamente como o guru da nova geração da música brasileira, tomando por referência sua própria história de vida e de compositor.

c)

defende o fato de que não podia nem remotamente aprovar o que se passava nos outros grupos, mesmo sabendo tratar-se de preconceito.

d)

se apoia na percepção de que valores críticos [...] são muito provisórios, para concluir que as constatações de gosto individual ou de grupos são de fundamental importância.

e)

reitera sua posição de artista antenado com sua época e com a realidade, interessando-se, até hoje, por tudo o que ocorre à sua volta.

4 -

É correto entender a citação a Roberto Carlos e a Erasmo Carlos como:

a)

argumento em que se baseia a percepção da superioridade musical de alguns movimentos em relação a outros, independentemente do sucesso que possam gozar junto ao público.

b)

constatação da importância do surgimento de tendências diversas no universo da música brasileira, algumas delas até mesmo revolucionárias, para atingir um público de gosto diferenciado.

c)

crítica à atuação de músicos que se mantêm fiéis às tendências que marcaram época, mas que se encontram superadas por mudanças de estilo decorrentes da passagem do tempo.

d)

comparação que vai justificar a afirmativa de que o Tropicalismo surgiu como contestação, a partir da não aceitação do que estava sendo criado e defendido pela Jovem Guarda.

e)

exemplo de que grupos e tendências que surgem em determinadas épocas têm suas características particulares e devem ser valorizados no universo da música popular.

Coesão e Coerência
5 -

Está inteiramente clara e correta a redação do segmento:

a)

O uso de recursos tecnológicos possibilitaram que Caetano interagisse com vários artistas. Todas essas referências não ficam somente no mundo das ideias, pois se percebe sonoridades em músicas do álbum com ligação a ritmos do samba, e até mesmo do rap.

b)

Caetano Veloso se move por um circuito cultural amplo e diversificado, e não é difícil encontrar-lhe em apresentações de samba, rock, rap e axé. Filmes, espetáculos de dança e teatro, seja os de grande público, seja os mais alternativos, também estão no roteiro do artista.

c)

Caetano faz novas descobertas e lhes compartilha com os mais jovens, sendo uma das fontes de informação do cantora internet. Atento a imprensa internacional, ele descobriu roqueiros britânicos, que apresentou ao seu grupo, criando músicas sob suas influências.

d)

Caetano transforma tudo o que ouve em matéria-prima para suas composições, fazendo jus a ser considerado um dos artistas mais inquietos da música popular brasileira. Renova-se constantemente, incorporando influências de origem e estilos os mais diversos.

e)

A presença de Caetano, nos mais variados espetáculos, um séquito de jovens o circunda, que dividem seus gostos musicais com ele. Com suas constantes descobertas, transformaram-no em guru da nova geração de músicos, em que dialoga, e servem-no de inspiração.

Interpretação de Textos

Texto de apresentação do filme Morte em Veneza

De férias no exterior, o compositor Gustav Aschenbach (Dirk Bogarde) parece um homem reservado e civilizado aos olhos daqueles que o conhecem. Basta, no entanto, o início de uma paixão secreta para que comecemos a notar o presságio de sua destruição.

O diretor Luchino Visconti (Obsessão) transforma o romance clássico de Thomas Mann, Morte em Veneza, em “uma obraprima de poder e beleza” (William Wolf). Como Aschenbach, Visconti é um artista obcecado: seus filmes são ricos em humor, detalhes de época e emoções ferventes em superfícies plácidas. Rendendo a seu executor o Prêmio Especial do 25.º Aniversário do Festival de Cannes, Morte em Veneza, com uma assustadora performance de Bogarde, é o apogeu de Visconti.

(Texto de apresentação do filme Morte em Veneza, de Luchino Visconti, extraído do

invólucro do DVD da edição distribuída no Brasil pela Warner Home Video, em 2004)

6 -

Os segmentos parece um homem reservado e civilizado aos olhos daqueles que o conhecem e paixão secreta, ambos do primeiro parágrafo, são retomados de modo genérico no segundo parágrafo por meio, respectivamente, das expressões:

a)

obra-prima de poder e beleza e romance clássico.

b)

superfícies plácidas e emoções ferventes.

c)

obra-prima de poder e beleza e um artista obcecado.

d)

detalhes de época e emoções ferventes.

e)

superfícies plácidas e romance clássico.

Vozes do Verbo
7 -

Basta, no entanto, o início de uma paixão secreta para que comecemos a notar o presságio de sua destruição.

Transpondo-se o segmento destacado na frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:

a)

começa-se a notá-lo.

b)

começava a ser notada.

c)

comece a notar.

d)

começamos a notá-la.

e)

comece a ser notado.

Interpretação de Textos
8 -

Observe a tirinha reproduzida abaixo.

É correto afirmar que o humor dessa tirinha do Calvin provém:

a)

da revelação, no último quadrinho, de que ele não sabia o que era tortellini, a despeito de ter afirmado com veemência o nojo que sentia por esse prato.

b)

da insistência de sua mãe em fazer tortellini para o jantar, mesmo sabendo da repugnância do filho por essa massa.

c)

do exagero demonstrado por ele ao pedir para que a mãe não fizesse tortellini para o jantar, algo despropositado ainda que se considere sua real aversão pelo prato

d)

da constatação final de que ele não sabia como soletrar a palavra tortellini, ainda que nutrisse grande repugnância pela massa.

e)

do comportamento impassível da mãe, que se limita a responder monossilabicamente às manifestações descontroladas do filho.

A tartaruga

Moradores de Copacabana, comprai vossos peixes na Peixaria Bolívar, Rua Bolívar 70, de propriedade do Sr. Francisco Mandarino. Porque eis que ele é um homem de bem.

O caso foi que lhe mandaram uma tartaruga de cerca de 150 quilos, dois metros e (dizem) 200 anos, a qual ele expôs em sua peixaria durante três dias e não a quis vender; e a levou até a praia, e a soltou no mar.

Havia um poeta dormindo dentro do comerciante, e ele reverenciou a vida e a liberdade na imagem de uma tartaruga.

***

Não mateis a tartaruga.

(...)

(Rubem Braga, 200 Crônicas escolhidas. 3.ª ed. Rio de Janeiro, Record, 1998, p.242)

9 -

Havia um poeta dormindo dentro do comerciante, e ele reverenciou a vida e a liberdade na imagem de uma tartaruga.

Com a frase acima, o autor:

a)

sugere que no interior de todo comerciante há um poeta adormecido, pronto a abrir mão do lucro a favor da preservação da vida.

b)

aproxima a poesia do comércio, mostrando como uma e outro, ainda que de modos distintos, nutrem grande respeito pela vida e pela liberdade.

c)

demonstra que a atividade comercial é de todo incompatível com a poesia, isto é, com o cultivo da vida e da liberdade.

d)

associa a poesia à veneração da vida e da liberdade acima de quaisquer benefícios econômicos que possam advir da atividade comercial.

e)

alude à desvalorização da poesia por meio da figura do poeta que, não tendo como viver de seu verdadeiro ofício, passou a dedicar-se ao comércio.

Pronomes: Emprego, Formas de Tratamento e Colocação
10 -

A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO em:

a)

comprai vossos peixes = comprai-os.

b)

ele expôs em sua peixaria = ele nela expôs.

c)

ele reverenciou a vida = ele lhe reverenciou.

d)

um poeta dormindo dentro do comerciante = um poeta dormindo dentro dele.

e)

Não mateis a tartaruga = Não a mateis.

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